Padrão de atividade de fêmeas de veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) nas diferentes fases reprodutivas, no Pantanal Sul-Mato-Grossense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nievas, Ana Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-24092012-094839/
Resumo: A organização espaço-temporal de atividades de fêmeas de veado-campeiro (Ozotoceros bezoarticus) foi estudada para a compreensão das estratégias comportamentais desses organismos, frente aos altos requerimentos energéticos da reprodução e às características sazonais do Pantanal. Cinco animais foram monitorados com colares GPS, em meses equivalentes às fases de Acasalamento (Fevereiro/2009), Gestação (Junho/2009) e Lactação (Outubro/2008/2009), para obtenção de dados de atividade e deslocamento ao longo do ciclo 24-h, e do tempo de dedicação em diferentes classes comportamentais. Simultaneamente, dados climáticos de temperatura, umidade, precipitação e velocidade do vento também foram obtidos. Os animais apresentaram concentração dos maiores valores de atividade e deslocamento na fase clara do dia, com aumento expressivo em horários crepusculares. Apenas a umidade do ambiente mostrou-se relevante para o comportamento dos animais. O padrão de atividade diferiu entre as fases reprodutivas, revelando que as fêmeas tornam-se mais ativas quando estão lactantes. O padrão de deslocamento foi similar entre as fases. A condição reprodutiva parece não influenciar o tempo de dedicação a diferentes comportamentos, sendo predominantes os comportamentos de repouso (45,53 ± 23,60%) e forrageamento (45,57 ± 18,36 %). Entretanto, foi evidente o aumento progressivo da atividade de forrageamento ao longo das estações de acasalamento, gestação e lactação. Os resultados sugerem que o padrão comportamental das fêmeas é pouco influenciado pela sazonalidade do ambiente, e que a condição reprodutiva modula principalmente a atividade de forrageamento dos animais, que é mais elevada na fase de lactação, frente ao alto custo energético da produção de leite e proteção do filhote.