Estudo de processos metamórfico-metassomáticos nos Complexos Embu e Pilar no bloco Juquitiba, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Vieira, Silvia Regina Soares da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-28092015-110312/
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados dos estudos sobre os processos metamorfismo/metassomáticos, que ocorrem entre os falhamentos de Caucaia e Cubatão, área equivalente ao Bloco Juquitiba (Hasui 1973). Em termos litológicos foram reconhecidos, entre os metamorfitos, duas unidades distintas, compostas por xistos finos e filitos, e por biotita xistos e gnaisses, correspondentes, respectivamente, aos Complexos Pilar e Embu, tais como definidos por Hasui (1975a). Os estudos petrográficos e químicos revelaram a atuação de um evento metamórfico regional, que operou em condições do fácies xisto verde sobre as rochas do Complexo Pilar, e anfibolito, sobre as rochas do Complexo Embu. No Complexo Embu foi responsável pela recristalização da associação quartzo + plagioclásio + biotita \'+ ou -\' granada \'+ ou -\' opacos, presente em xistos e gnaisses reconhecidos esparsamente por toda a área estudada, mas, mais caracteristicamente, na região da Represa Billings. As transformações de plagioclásio em fibrolita + quartzo e em muscovita, e de biotita em fibrolita/sillimanita e em muscovita, identificadas pela petrografia, levaram à modificação desta rocha, tida como original, em biotita xistos ou gnaisses muscovitizados e/ou fibrolitizados/sillimanitizados, em decorrência de um evento metamórfico metassomático superimposto. As feições petrográficas e a comparação do quimismo dos minerais e rochas mais modificados com os dos mesmos minerais e rochas interpretados como originais, mostram a perda sistemática de sódio e cálcio e ganho de potássio com a transformação, caracterizando um processo metassomático, envolvendo mobilização iônica, segundo modelo semelhante aos de Hemley & Jones (1964), Carmichael (1969), Vernon (1971) e Kwak (1971), entre outros. A aplicação do geotermômetro granada - biotita e do geobarômetro anortita -grossulária - Al2SiO5 - quartzo resultou temperaturas entre 605ºC e 772ºC, e pressões entre 5kbar e 6bkbar, interpretadas como as condições de atuação do evento metamórfico regional, pré metassomático, sobre as rochas do Complexo Embu. Não puderam ser determinadas as temperaturas e pressões metamórficas do evento superimposto, dada a inaplicabilidade dos geotermômetros e geobarômetros conhecidos à associação metassomática. Porém, metodologia alternativa, baseada em parâmetros cristalográficos da muscovita, permitiram estimar, qualitativamente, as condições vigentes à época do metassomatismo, como equivalentes às do campo de estabilidade da sillimanita, o que concorda com as observações petrográficas realizadas.