Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Maset, Bruno Aguiar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-27082024-143505/
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Resumo: |
O tiametoxam, um inseticida neonicotinoide e muito utilizado para o controle de mosca-branca (Bemisia tabaci), por exemplo, tem causado grandes preocupações para com o meio ambiente, especialmente devido ao risco potencial a organismos não-alvo. Neste sentido, tecnologias que reduzam seus riscos ao meio ambiente, como a nanotecnologia, são muito requeridas. A partir dessa tecnologia, obtemos as nanoformulações, que são as nanopartículas poliméricas, que podem ser feitas com polímeros biodegradáveis. Os nanopesticidas podem aumentar a eficiência dos ativos e diminuir os riscos de contaminação ambiental. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema de nanopartículas a partir de zeína e lignina para a encapsulação do inseticida tiametoxam. A eficiência e o comportamento do tiametoxam encapsulado em nanopartículas de zeína e lignina (TNZL) foram comparados com a formulação comercial, o Actara 250 WG® (ACT), visando-se a diminuição da quantidade de produto a ser aplicado. A nanoencapsulação do ingrediente ativo foi feita pelo método da nanoprecipitação e, então, foram realizados os testes de caracterização e eficiência de encapsulação das nanopartículas. Os produtos foram aplicados em plantas de tomateiro infestadas com mosca-branca para, posteriormente, avaliar-se a eficiência e o comportamento dos produtos na planta. Dados de eficiência de encapsulação, cinética de liberação, morfologia, diâmetro médio, distribuição de tamanho, concentração, índice de polidispersão e potencial zeta mostraram que, tanto o TNZL quanto as nanopartículas controle de zeína e lignina e sem o ingrediente ativo (NZL) são física e quimicamente estáveis. O controle de Bemisia tabaci pelo TNZL foi de 93,00; 88,67; 69,15; e 57,57% com as doses 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Com o uso do ACT, o controle foi de 72,00; 62,96; 48,40; e 43,27% com as doses 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Com as NZL, o controle foi de 46,56; 36,00; 31,99 e 31,05% com as doses 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Assim, concluiu-se que o TNZL controlou melhor a praga do que o ACT e que as NZL apresentaram leve efeito tóxico contra os insetos, sendo que a sua maior dose resultou em uma mortalidade superior aquela verificada no tratamento controle (TC). O controle da praga foi totalmente dose dependente para o TNZL. No caso do ACT, não houve diferença entre as doses 3 e 4. O TNZL foi menos absorvido e translocado do que o ACT, sendo que, ao aplicar a dose cheia, a quantidade final de ativo nas plantas e nas folhas foi superior com o uso do produto comercial. Assim, viu-se que as nanopartículas prejudicaram a absorção e a translocação do produto na planta. Para o TNZL, a quantidade final de produto nas plantas e nas folhas foi maior com o uso das duas maiores doses. Para o ACT, houve diferença apenas entre as doses 3 e 4. Ao final, constatou-se que o TNZL atinge maior mortalidade da praga mesmo que em menor quantidade nas plantas, o que é de grande interesse quando se trata de neonicotinoides, visto a preocupação que esses produtos causam em relação aos insetos polinizadores. |