Potencial antiproliferativo do monofosfoester 2-aminoetil dihidrogeno fosfato associado ao peptídeo penetrante de tumor BR2 em células tumorais de mama triplo-negativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cabral, Laertty Garcia de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5167/tde-17082021-101606/
Resumo: O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo. A maioria das mortes relacionadas ao câncer de mama é devido ao rápido crescimento de tumores e formação de metastase. As terapias atuais são limitadas e a resistência à quimioterapia constitui um importante obstáculo para o sucesso do tratamento. O 2- aminoetil dihidrogeno fosfato (2-AEH2F) é um monofosfoester que está envolvido no turnover de fosfolipídios, apresentando efeitos antiproliferativos em uma ampla variedade de linhagens de células tumorais. O peptídeo BR2 é um derivado não específico de penetração celular derivado do buforin IIb, tendo mostrado maior especificidade às células tumorais. Foi avaliado os efeitos da toxicidade e determinado a concentração inibitória (IC50%) pelo teste colorimétrico MTT. Foram avaliadas as alterações morfológicas e estruturais envolvidas no processo de apoptose pela marcação do citoesqueleto com faloidina e mitocôndria com a sonda MitoRED. A expressão de marcadores envolvidos nas vias de morte celular, proliferação, bem como o potencial elétrico mitocondrial foi avaliado por citometria de fluxo. Os resultados obtidos mostraram que o peptídeo BR2 e a associação 2-AEH2F+BR2 promoveu maior toxicidade nas linhagens tumorais, em comparação ao monofosfoester 2-AEH2F, além disto, o peptídeo BR2 promoveu parada na fase S para célula tumoral MDA MB-231 e G0/G1 para a célula tumoral 4T1, já a associação 2-AEH2F+BR2 ocasionou parada nas fases G0/G1, nas células tumorais 4T1 e MDA MB-231. As células tumorais MDA MB-231 foram sensíveis a todos os tratamentos. Os tratamentos levaram a mudanças na morfologia das células tumorais, principalmente nas mitocôndrias, que perdem sua integridade e se reorganizaram na região perinuclear, aumentando a porcentagem de células com mitocôndrias inativas. Os tratamentos com o peptídeo BR2 e a associação 2-AEH2F+BR2 foram efetivos em induzir morte celular, modulando a via intrínseca do apoptose e promovendo: redução da expressão de marcadores CD44, CD34, CD24, ciclina D1 e Bcl-2, aumento de p53, p21, Bax e caspases 8 e 3 ativas e liberação do citocromo c nas células tumorais MDA MB-231. Houve diminuição considerável da resposta proliferativa das células tumorais após os tratamentos, corroborando a redução da expressão do marcador PCNA. Redução da expressão do Fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e Fator de Crescimento Epidérmico (EGF) foram observados após os tratamentos para células tumorais MDA MB-231. A associação 2- AEH2F+BR2 se mostrou mais efetiva, provendo modulação das proteínas envolvidas na morte celular regulada e senescência, bem como citoxicidade seletiva para as células tumorais, em comparação com as células normais