Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Garrote, Lara Stival Nunes de Alcântara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-20092024-101236/
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Resumo: |
Na contemporaneidade, presenciamos a disseminação de certos fenômenos urbanos que impactam significativamente o espaço público, resultando em sua instrumentalização, na diminuição das interações sociais e na depreciação de seu valor público. Nesse contexto, o aumento do urbanismo vertical residencial, promovido pelo mercado imobiliário sob a alcunha de novas formas de morar, apresenta implicações diretas na cidade enquanto bem público a ser vivenciado. Isso ocorre não apenas pela forma condominial, que oferece exclusividades e sociabilidades intra-muros aos semelhantes, mas também por influenciar novas formas de uso e de apropriação do espaço público, reconfigurando as práticas socioespaciais que ali acontecem. Assim, o objetivo principal desta pesquisa é compreender aspectos das transformações do e no espaço urbano, ocasionadas pelos processos de verticalização residencial na cidade de Goiânia, com foco nos desdobramentos nas formas de uso, apropriação e práticas socioespaciais dos espaços públicos. Foram analisados os setores Jardim Goiás e Marista, bairros com diferentes temporalidades e graus de verticalização, escolhidos devido às diversas transformações socioespaciais ao longo dos anos. Para responder às questões da pesquisa, adotou-se o método de Pesquisa de Campo, incluindo, também, revisão bibliográfica, levantamento documental de legislações urbanísticas (especialmente a partir de 1990) e de dados quantitativos (relativos ao mapeamento dos empreendimentos). Os resultados encontrados indicam que o avanço do urbanismo vertical residencial nos recortes de estudo não apenas é representativo de transformações do perfil urbano e da paisagem da cidade, como também tem afetado a própria essência do espaço público, processo que é assistido pelo planejamento urbano. Assim, a presente investigação revela como as tipologias verticais estudadas interferem nas formas de apropriação, nos usos, práticas socioespaciais e sociabilizações. A tendência dessas tipologias à homogeneização social, o uso instrumental dos espaços e a crescente privatização do ambiente urbano desafiam o sentido pleno de espaço público, onde a alteridade, o conflito, as controvérsias, a espontaneidade e a imprevisibilidade são fundamentais para a vida urbana. |