Infraestrutura ferroviária no interior paulista: sistemas de cidades, conflitos e permanências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Beatriz Kopperschmidt de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-24012025-171307/
Resumo: A pesquisa tem como objetivo compreender como a transformação da infraestrutura ferroviária relaciona-se com o desenvolvimento urbano e regional no interior paulista, e de que maneira a refuncionalização das ferrovias tem moldado as relações entre as cidades, gerando desafios e oportunidades para a gestão territorial contemporânea. O objeto de análise foi a infraestrutura ferroviária, examinada no período do século XIX ao XXI. Para compreender as relações urbanas e regionais conformadas pela ferrovia, foram incluídos os conceitos de região e de infraestrutura urbana e regional. A investigação desenvolveu os temas de sistemas urbanos pelas Regiões de Influência das Cidades (REGIC), pelos polos de desenvolvimento e pelas teorias e vertentes do planejamento. A abordagem metodológica qualitativa foi utilizada para investigar dinâmicas sociais e urbanas, associada à revisão bibliográfica e pesquisa documental. Foi utilizado também o procedimento metodológico do estudo de caso para analisar cidades selecionadas ao longo das linhas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, ancorado na pesquisa de campo, com o objetivo de coletar dados por fontes primárias, entrevistas e vistorias. Os resultados indicaram uma transformação na relação entre a infraestrutura ferroviária e as cidades, em que as ferrovias que nos séculos XIX e XX conformaram sistemas de cidades, agora passam a conformar conflitos sistêmicos. A conclusão sugere a necessidade de políticas públicas integradas entre esferas federais, estaduais e municipais para superar os conflitos em um momento de retomada dos investimentos na infraestrutura ferroviária.