"A construção lingüística do riso nas crônicas de José Simão"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: França, Maria Teresa Rego de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-12122006-094312/
Resumo: Subjaz a este trabalho o objetivo de analisar como o riso e o risível são construídos lingüisticamente. A fundamentação teórica baseia-se em Bergson, Propp, Bahktin, Todorov, Raskin e Attardo. Inicialmente, procedemos a uma retomada histórica, buscando conhecer como o riso e o risível foram explicados por vários pensadores e teóricos de diferentes épocas. De Aristóteles a Freud, pudemos constatar o domínio de três grandes correntes teóricas: a psicológica, a sociológica e a psicanalítica. Somente quando a Lingüística se fixa como ciência, já no século XX, o fenômeno do riso passa a ser estudado sob a perspectiva estritamente lingüística. No segundo capítulo, procedemos à contextualização do corpus e buscamos verificar como a produtividade do humor ? o dizer muito com pouco ? se constrói em outra mídia. Se a comicização extratextual revelou-se típica nos textos analisados, também pudemos detectar que o humor de José Simão constantemente se realiza via paródia e apresenta características do cômico grotesco. Explicitar e exemplificar a Teoria Semântica do Humor, proposta por Raskin - para quem todo texto risível envolve a sobreposição de scripts e a presença de um gatilho que permite a passagem do modo sério (bona fide) para o modo joke telling (non-bona fide) ? foram as ações que nortearam a elaboração do nosso terceiro capítulo. Já o quarto capítulo foi dedicado exclusivamente ao humor das palavras, ou seja, ao humor verbal cuja motivação inicial decorre de se explorarem os aspectos sonoros, significantes. O último capítulo, dedicado à análise, permitiu-nos constatar como a clássica divisão de Cícero (humor da res e humor da verba) permanece atual: as piadas trocadilhescas e as situacionais bem o comprovam.