Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1981 |
Autor(a) principal: |
Brandenburg, Alfio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11145/tde-20220207-192926/
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Resumo: |
Este trabalho estuda aspectos relacionados com a prática de novas atividades na agricultura, através da análise de um Projeto de Intervenção no Meio Rural, executado pela EMATER-PR: O Projeto Fruticultura. O estudo é baseado nas contribuições teóricas de MERTON e PARSONS e interpreta a situação em que o produtor rural pratica suas atividades a partir da noção de sistema de ação social, desenvolvido por Parsons. A situação empírica em que age o produtor é reconstruída analiticamente, concentrando-se no modelo AGIL. Os dados foram coletados através de observações diretas e entrevistas não diretivas, orientados por um roteiro de pesquisa. Para a coleta de dados escolheu-se o local de Irati, situado na Região Sul do Paraná. Irati e povoado por colonos descendentes de emigrantes europeus que praticam uma agricultura tradicional em pequenas e médias propriedades agrícolas. Conclui-se que o Projeto Fruticultura mostra-se funcional para a sociedade. Suas metas de aumentar a produção de frutas para abastecer o mercado interno e reduzir o volume de importações vêm sendo atingidas. A partir dos resultados já alcançados, a análise do projeto identifica basicamente duas categorias de produtores beneficiadas - O Empresário Familiar e o Fruticultor Parcial - e esclarece o sistema de ação do Empresário Familiar. Conclue-se que a fruticultura é explorada sempre que os componentes situacionais favorecem a realização econômica do produtor, devendo-se destacar os aspectos relativos à comercialização, área da propriedade, outras alternativas de exploração, recursos financeiros e transporte. Nos limites em que é cultivada, a fruticultura é percebida como funcional para os Empresários Familiares, mas a análise do projeto indica ser mais funcional para os Fruticultores Parciais. Estes diferentes resultados funcionais denotam tendência do projeto provocar um maior desajuste sócio-econômico no setor rural, embora na forma como se realiza demonstre-se funcional para a sociedade. Da análise do sistema de ação do Empresário Familiar conclue-se, ainda, que duas ordens de fatores estão relacionadas com a prática de novas atividades agrícolas: (1) os aspectos subjetivos, internalizados pelo produtor, (2) os aspectos situacionais ou externos relacionados com condicionantes empíricos. Estas duas ordens de aspectos permitem melhor compreender o fenômeno resistência a novas práticas agrícolas, que representa um padrão de orientação tradicionais mas apenas enquanto produto resultante da história do produtor com a situação. A análise das diferentes dimensões funcionais mostra que o sistema de ação do Empresário Familiar mantém sua unidade mediante a conjugação de meios modernos e tradicionais de produção e desse modo atende os requisitos de inserção na sociedade. |