Ferramentas biotecnológicas para apoio ao melhoramento de Rubus spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Marcela Sant\'Anna Cordeiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-05022024-124738/
Resumo: Dentre os chamados pequenos frutos, a framboeseira é a terceira espécie mais cultivada no mundo. No entanto, a expansão de seu cultivo em países de clima tropical, como o Brasil, enfrenta alguns obstáculos, tais como o uso de cultivares importadas adaptadas a clima temperado e problemas fitossanitários como a ferrugem (Aculeastrum americanum), a principal doença da cultura. Visando mitigar tais problemas, o presente estudo buscou desenvolver ferramentas biotecnológicas para apoio ao melhoramento de espécies de framboeseira (Rubus spp.), por meio de dois estudos: O primeiro estudo envolveu a indução de poliploidia in vitro de segmentos nodais de framboeseira vermelha cv. Heritage, utilizando-se colchicina e orizalina como agentes químicos, ao qual segmentos nodais de plantas mantidas in vitro foram tratados em meio líquido contendo quatro concentrações de colchicina (0, 125, 250 e 500 µM) em dois tempos de exposição (24 e 48 horas) e quatro concentrações de orizalina (0, 10, 20 e 40 µM) em dois tempos de exposição (4 e 7 dias). O segundo estudo envolveu a obtenção e cultivo de calos, isolamento e cultivo de protoplastos de espécies de framboeseira a partir de calos (R. idaeus e R. niveus) e de células do mesófilo foliar (R. idaeus). Para o experimento de obtenção de calos, discos foliares obtidos de plantas mantidas em estufa foram introduzidos em meio de cultura contendo combinações de 6-benzilaminopurina (BAP) (0, 4,4 e 8,8 µM) com ácido 1-naftalenoacético (ANA) (0, 5,4 e 10,7 µM) ou ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) (0, 4,5 e 9,0 µM), os quais foram avaliados após 40 dias de cultivo. Para os experimentos de isolamento de protoplastos com calos, foram testadas combinações de enzimas (1. 0,25% de Celulase \"Onokuza\" RS; 0,025% de Pectoliase Y-23 e 2% de Driselase. 2. 1% de Celulase \"Onokuza\" RS; 0,5% de Macerozima R-10; 0,1% de Pectoliase Y-23 e 0,4% de Driselase. 3. 1% de Celulase \"Onokuza\" RS; 1% de Macerozima R-10 e 0,2% de Pectoliase Y-23), osmolaridade da enzima (0,7; 0,8 e 1 M) e temperatura de isolamento (25 e 28°C) e para os experimentos de isolamento com folhas, foram avaliadas combinações de enzimas e osmolaridade da enzima (as mesmas citadas anteriormente). Concluiu-se que a indução de poliploidia in vitro de segmentos nodais de framboeseira vermelha cv. Heritage utilizando-se 125 µM de colchicina por 24 horas é o tratamento mais eficaz na obtenção de plantas tetraploides; o uso de colchicina à 500 µM é completamente letal aos explantes; a orizalina é menos fitotoxica aos explantes quando comparada à colchicina, possibilitando maior número de plantas regeneradas; o uso de meio de cultura adicionado de 5,4 ou 10,7 µM de ácido naftaleno acético (ANA) é o mais indicado para indução de calos de framboeseira vermelha (Rubus idaeus cv. Heritage) e que o uso de 4,5 ou 9,0 µM de ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) é o mais indicado para indução de calos de framboeseira negra (Rubus niveus); o isolamento de protoplastos de framboeseira vermelha cv. Heritage (Rubus idaeus) a partir de calos friáveis é mais eficaz com a utilização de solução enzimática contendo 0,25% de Celulase \"Onozuka\" RS, 0,025% de Pectoliase Y-23 e 2% de Driselase (solução 1), com osmolaridade de 0,7 M e temperatura de isolamento de 25°C; o isolamento de protoplastos de framboeseira negra (Rubus niveus) a partir de calos friáveis é mais eficaz ao utilizar solução enzimática contendo 0,25% de Celulase \"Onozuka\" RS, 0,025% de Pectoliase Y-23 e 2% de Driselase (solução 1), com osmolaridade de 1 M e temperatura de isolamento de 28°C; e que o isolamento de protoplastos de framboeseira vermelha cv. Heritage (Rubus idaeus) a partir de células do mesófilo foliar é mais eficaz ao utilizar solução enzimática 1% de Celulase \"Onozuka\" RS, 0,5% de Macerozima R-10, 0,1% Pectoliase Y-23 e 0,4% de Driselase (solução 2), com osmolaridade de 0,7 M.