Necessidade e acaso na história do capital: o caso do capital acionário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Hofig, Bruno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-27092013-121618/
Resumo: Incapaz de tematizar a conexão interna do valor com as diversas formas sociais que constituem o modo de produção capitalista, a Economia Política não consegue desvendar as tendências imanentes deste modo peculiar de organização da vida material da sociedade, o que a impede de interpretar de maneira consistente o devir histórico da economia capitalista como um todo, bem como o de suas formas particulares consideradas individualmente. Neste trabalho, veremos que tal deficiência fica particularmente clara nas considerações dos economistas sobre o capital acionário (parte I). Marx, ao se propor desenvolver logicamente as formas através das quais a lei do valor pode se impor sobre o metabolismo social, supera a unilateralidade da Economia Política (parte II). No entanto, ele não esclarece exatamente como deve ser pensada a relação entre o desenvolvimento lógico-sistemático das formas da economia burguesa e o devir histórico dessas formas propriamente dito. Por isso, após deduzir a forma-valor capital acionário, proporemos, com base nas semelhanças entre o conceito marxiano de capital e o sujeito absoluto apresentado por Hegel, uma interpretação da história do capital acionário inspirada na filosofia hegeliana da história (parte III). Finalmente, depois de constatar que, apesar de sua proficuidade, a interpretação em moldes hegelianos da história do capital acionário não é plenamente consistente, tentaremos evidenciar a incompatibilidade entre o Espírito Absoluto hegeliano e o conceito marxiano de capital, o que nos permitirá empreender uma interpretação das transformações recentes do capital acionário inspirada na Crítica da Economia Política (parte IV).