Efeitos da redução da função colinérgica na mecânica e na histopatologia pulmonar  em modelo experimental de enfisema

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Banzato Franco, Rosana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-27022014-145652/
Resumo: Introdução: O enfisema pulmonar é o maior componente da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), é caracterizado pelo alargamento, destruição alveolar e inflamação do parênquima e vias aéreas pulmonares. A recente descrição do sistema colinérgico anti-inflamatório, um mecanismo neural que controla a inflamação por inibição de citocinas pró-inflamatórias, sugere uma importante participação deste sistema na fisiopatologia das doenças pulmonares. A acetilcolina (ACh), principal mediador deste sistema, é estocada em vesículas sinápticas pelo transportador vesicular de ACh (VAChT), proteína essencial para sua liberação na fenda sináptica. Objetivos: Avaliar se os efeitos da hipofunção colinérgica, por redução da expressão do VAChT, interferem com as alterações pulmonares em modelo experimental de enfisema pulmonar. Metodologia: Camundongos machos selvagens e mutantes, estes últimos com redução da função colinérgica por modificação genética nos níveis do VAChT, foram submetidos ao protocolo de elastase (PPE instilação nasal) ou salina. No dia 28, foi avaliado a função pulmonar, a inflamação e o remodelamento pulmonar. Por imunohistoquímica, avaliou-se a expressão de macrófago, NF-kB e isoprostano no pulmão. Algumas citocinas pró-inflamatórias foram avaliadas no homogenato pulmonar pelo Bioplex. Resultados: Animais selvagem que receberam elastase tiveram redução de elastância de tecido, aumento da inflamação no LBA e no tecido, aumento de citocinas pró-inflamatórias e IL-10, aumento do remodelamento pulmonar, e da expressão de NF-kB e de isoprostano. A deficiência colinérgica nestes animais submetidos ao mesmo protocolo de elastase amplificou a resposta inflamatória (macrófago e neutrófilo) no pulmão, níveis de MCP-1 e também aumento células positivas para NF-kB e isoprostano na região do eixo broncovascular. Conclusão: A ACh parece ter um papel protetor da inflamação neste modelo de enfisema pulmonar, pelo menos em parte pelo controle do NF-kB e do estresse oxidativo. Estes resultados sugerem ainda que o remodelamento e a função pulmonar no enfisema experimental não dependem totalmente do grau de inflamação pulmonar