Efeitos da exposição a poluição ambiental advinda da pelotização do minério de ferro na inflamação pulmonar alérgica crônica: possível participação do sistema colinérgico na mecânica pulmonar, inflamação, remodelamento da matriz extracelular e no estresse oxidativo em camundongos geneticamente modificados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Tabata Maruyama dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-03012024-152854/
Resumo: Introdução: A exposição ao pó de minério em períodos curtos, sazonais ou prolongados pode produzir efeitos nocivos à saúde de indivíduos com doenças alérgicas crônicas, como a asma. Pouco se sabe sobre os efeitos da via anti-inflamatória colinérgica na modulação dos efeitos da poluição em animais com inflamação alérgica crônica. Objetivo: Estudar os efeitos do pó de ferro e da poluição em camundongos com inflamação pulmonar alérgica crônica e com modificação do receptor VAChT, avaliando a hiperresponsividade, remodelamento inflamatório e as respostas ao estresse oxidativo durante as estações de verão e inverno em dois locais de uma cidade do Brasil. Métodos: Foram utilizados um total de 108 animais, divididos em dezoito grupos (n = 6): WT (tipo selvagem), WT-Local1 (tipo selvagem exposto a pó metálico devido à pelotização de ferro em uma mineradora), WT-Local2 (tipo selvagem exposto a pó de metal 3,21mi em uma empresa de mineração), VAChT KD (animais geneticamente modificados com diminuição de VAChT); VAChT KD Local1 (exposto a pó de ferro devido da pelotização de minério de ferro em uma mineradora); VAChT KD-Local2 (exposto ao pó de ferro a 5 Km de uma mineradora), VAChT KDA (animais geneticamente modificados com diminuição de VAChT e sensibilizados com ovalbumina); VAChT KDA-Local1 (animais geneticamente modificados com diminuição de VAChT sensibilizados com ovalbumina e expostos ao Local1); VAChT KDA-Local2 (animais geneticamente modificados com diminuição de VAChT sensibilizados com ovalbumina e expostos ao Local2). Os animais foram expostos aos locais por 2 semanas durante as estações de verão e inverno. No 30º dia do protocolo, avaliamos hiperresponsividade, inflamação, remodelação, respostas ao estresse oxidativo e sistema colinérgico. Resultados: Quando analisamos os animais WT, os animais expostos ao Local 1 apresentaram aumento de %Rrs e %Raw em relação aos animais do grupo biotério, também houve aumento de %Rrs e células positivas para IL-17 no WT -Local2 animais em comparação com os animais WT. No verão, animais WT expostos ao Local 1 apresentaram aumento de %Rrs, Raw e IL-5 em relação aos animais expostos ao Local 2, e no inverno, animais expostos ao local 2 apresentaram aumento de células IL-17 positivas em relação aos animais expostos ao Local 1. Ao comparar animais VAChT KD com animais WT, houve aumento de %Rrs, NFkappaB, IL-5 e IL-13 e diminuição de -7 em animais VAChT KD. Os animais VAChT KDA apresentaram aumento da hiperresponsividade (%Rrs, %Raw, %Ers), de todos os marcadores inflamatórios avaliados, de remodelamento (MMP-9, TIMP-1, TGF-B, conteúdo de fibras de colágeno), de iNOS e de conteúdo de isoprostano em comparação aos animais do grupo VAChT KD. Animais VAChT KDA expostos ao Local 1 apresentaram aumento de %Rrs, %Htis, iNOS, eosinófilos, NF-Kappa B, IL-5 e IL-13 em relação aos animais que permaneceram no biotério. Os animais VAChT KDA expostos ao Local 2 apresentaram aumento de eosinófilos, IL-4, IL-5, IL-13, MMP-9, fibras colágenas e teor de isoprostano em relação aos animais que permaneceram no biotério. Conclusão: A redução da sinalização colinérgica aumenta a inflamação pulmonar em um modelo de inflamação pulmonar alérgica crônica e quando associada à poluição pode exacerbar algumas respostas relacionadas à inflamação, estresse oxidativo e remodelação