Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Prado, Gustavo Faibischew |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-01122011-150351/
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Resumo: |
A colheita não-mecanizada da cana-de-açúcar, precedida por sua queima, expõe os trabalhadores e pessoas de cidades vizinhas a altas concentrações de poluentes. Este estudo foi desenvolvido para avaliar os impactos cardiopulmonares e os biomarcadores de estresse oxidativo e atividade inflamatória sistêmica desencadeados pela exposição à poluição proveniente da queima da cana. Cortadores de cana (safristas, n = 113) e voluntários saudáveis da cidade de Mendonça - São Paulo, Brasil - (população de referência, n = 109) foram avaliados com espirometria, variabilidade da frequência cardíaca (VFC), enzimas antioxidantes, dosage do nível plasmático do malonaldeído e de interleucinas pró-inflamatórias durante a pré-safra e a safra. A concentração de PM2.5 aumentou de 8g/m3 durante a pré-safra para 23.5g/m3 na área urbana e 61g/m3 nas plantações de cana, durante a safra. Na safra, evidenciou-se uma diminuição mais acentuada na VFC, função pulmonar e da atividade das enzimas antioxidantes entre os cortadores de cana, em comparação com os voluntários da população de referência. Houve elevação do Malonaldeído em ambos os grupos durante a safra, com um maior aumento entre os safristas. Além disso, encontramos um aumento na pressão diastólica apenas nos cortadores de cana. Tanto os cortadores de cana quanto os voluntários da população local exibiram impactos cardiopulmonares e metabólicos da exposição à poluição durante a safra, com maior magnitude dessas alterações entre os safristas, o que destaca o impacto deletério da poluição atmosférica na população exposta. Esses achados pré-clínicos podem sinalizar processos fisiopatológicos desencadeados pela poluição advinda da queima de biomassa nas populações estudadas |