Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Manfredo, Lucas Cardoso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-03012023-144303/
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Resumo: |
O aumento na expectativa de vida aliado a uma queda nas taxas de fertilidade tem acelerado o crescimento da população de adultos mais velhos. O processo de envelhecimento, portanto, tem ganhado relevância sobretudo em questões relacionadas à funcionalidade dos indivíduos. A Flexibilidade Cognitiva (FC) e a Teoria da Mente (ToM) prestam-se à avaliação dos seus padrões de mudança, pois são duas funções, possivelmente relacionadas entre si, que permitem a adequação do desempenho dos indivíduos a demandas do ambiente físico e social. Os instrumentos que medem a FC apresentam diferenças na forma como a flexibilidade é demandada, dividindo-se em dois tipos: tarefas dedutivas, que demandam mudança de desempenho em função de estímulos antecedentes, e tarefas indutivas, que demandam mudança de desempenho em função das consequências. Essa diferença é importante, pois pode produzir resultados discrepantes ao avaliar o mesmo constructo (FC), além de dificultar o reconhecimento de possíveis relações entre FC e a ToM. O primeiro objetivo deste estudo foi avaliar o nível de associação entre uma medida dedutiva e uma medida indutiva da FC e verificar se os efeitos da idade são iguais ou diferentes entre elas. O segundo objetivo foi avaliar a relação dessas medidas com o desempenho relacionado à ToM, cujos efeitos da idade também foram avaliados. Para isso, foi realizado um estudo transversal com 78 adultos saudáveis (41 mulheres), os quais tinham entre 45 e 74 anos de idade e entre 4 e 11 anos de escolarização. Os procedimentos foram divididos em dois dias. No primeiro dia, foi realizada uma entrevista semiestruturada e a aplicação do Addenbrooke Cognitive Examination. No segundo dia, o teste Dígitos, a ToM Task Battery, o Five Digit Test e uma tarefa de Reversão de Discriminações Simples foram aplicados para avaliar, respectivamente, a memória de trabalho, a Teoria da Mente, a flexiblidade dedutiva e a flexibilidade indutiva. Verificou-se uma correlação fraca entre as medidas de FC (r = - 0,23; p = 0,05) e uma correlação entre a memória de trabalho e a FC indutiva (r = 0,33; p = 0,003). Além disso, foi encontrado um efeito significativo da idade sobre a FC dedutiva (t = 3,87; p < 0,001), mas não sobre a FC indutiva. Por sua vez, o modelo preditivo para ToM foi significativo (F = 5,16; p = 0,003; R2 = 0,18) e apresentou como variáveis preditoras significativas a idade (β = - 0,26), a memória (β = -0,24) e a FC indutiva (β = - 0,23). Embora as tarefas de FC estejam relacionadas ao mesmo constructo, as diferenças parecem ser mais importantes do que as semelhanças. Em consonância com isso, somente a mudança de desempenho provocada por estímulos antecedentes parece sofrer efeito da idade e somente a mudança de desempenho que ocorre pelas consequências afeta a ToM. |