Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Neves, Daniel Valente |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-08042009-151513/
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Resumo: |
Os idosos constituem a parcela da população, que mais cresce atualmente. Este segmento populacional requer cuidados médicos e terapêuticos frequentes e consomem cerca de três vezes mais medicamentos que indivíduos jovens. Deste modo necessitam de uma avaliação detalhada da farmacocinética e farmacodinâmica do fármaco a ser utilizado para uma menor ocorrência de efeitos adversos. O objetivo foi fenotipar o CYP2D6 em pacientes idosos cardiopatas classificados como metabolizadores extensivos ou lentos do metoprolol, desenvolver e validar o método de análise do tartarato de metoprolol e seu metabólito em urina utilizando a cromatografia liquida de alta eficiência (HPLC) e identificar possíveis correlações entre fatores antropométricos, raciais e comorbidades apresentadas com a razão metabólica metoprolol/-OH metoprolol em urina. A casuística foi composta por 130 indivíduos idosos, considerados acima de 60 anos, voluntários, com algum tipo de cardiopatia previamente identificada, com função renal e hepática normais. Todos indivíduos foram submetidos a uma coleta de urina de 0-8h após a administração de um comprimido de 100 mg de tartarato de metoprolol para a determinação do metoprolol e -OH metoprolol com a finalidade de estabelecer a sua razão metabólica e fenotipar esses indivíduos de acordo com os resultados da razão da concentração metoprolol/-OH metoprolol em urina utilizando a HPLC com detecção por fluorescência, sendo fenotipados como metabolizadores lentos os pacientes que tiveram resultados > 12,6 e como metabolizadores extensivos aqueles avaliados com resultados 12,6. A maior porcentagem de pacientes estudados situou-se na faixa etária de 60 a 70 anos (média de 71,8 ± 6,2), mediana de 71,0, valor mínimo de 60 e máximo de 93 anos. Cento e quatro pacientes (80,0%) reportaram ser da raça branca, 13 (10,0%) da raça negra, 1 (0,8%) da raça amarela e 12 (9,2%) da raça parda. Cento e um pacientes (77,7%) eram do sexo feminino. Os pacientes investigados utilizavam em média 5,9 + 2,1 tipos de medicamentos, variando de 1 a 11 fármacos utilizados concomitantemente. Observou-se uma média de 5,1 + 3,2 comorbidades concomitantes, variando de 1 a 14 patologias associadas. Três pacientes (2,3%) foram fenotipados como metabolizadores lentos do metoprolol, diferenciando dos 7 a 10% de metabolizadores lentos existentes na população caucasiana. Foi detectada diferença estatisticamente significativa na razão metabólica metoprolol/-OH metoprolol segundo a quantidade de medicamentos utilizada pelos idosos (p=0,017) e segundo a utilização de bebida alcoólica (p=0,045). Conclui-se que a maioria dos indivíduos estudados eram do sexo feminino, a proporção de metabolizadores de idosos cardiopatas classificados como PM foi menor do que a que é encontrada em caucasianos, a variável quantidade de medicamentos utilizados esteve relacionada de maneira significativa à taxa de metabolização do tartarato de metoprolol observada nestes idosos cardiopatas e a variável ingestão de bebida alcoólica mostrou correlação significativa com o valor da razão metoprolol/-OH metoprolol no presente estudo. |