Escutando crianças em processos de aprendizagem musical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Antonio, Renata de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-22012020-175239/
Resumo: Este trabalho discorre sobre possibilidades de produção de conhecimento musical em processos de aprendizagem construídos conjuntamente com as crianças. Para tanto, me proponho a refletir sobre o que de fato significa escutá-las, considerando a escuta como ampla percepção de suas diferentes formas de expressão bem como de suas necessidades, ideias e interesses. A pesquisa se desenvolveu a partir da análise de experiências dos encontros musicais realizados em 2018 com crianças do 3º ano D da Escola Estadual Francisco de Assis Reys, localizada em São Paulo, e pela análise de dois processos vivenciados no Programa de Iniciação Artística (Piá) da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, também em 2018. A análise baseada nos registros de diário de campo, áudios e vídeos em interlocução com textos de Teca Alencar de Brito, Carl Rogers, François Delalande, Paulo Freire, Adriana Friedmann, Pedro Paulo Salles e Manuel Sarmento gerou reflexões e aprofundamentos a partir dos quais foi possível concluir que esta escuta se constitui pela compreensão dos fazeres musicais das crianças, pela presença enquanto disponibilidade do educador, pela aceitação do risco e da incerteza como fundamentais nos processos de aprendizagem musical, pela valorização do diálogo com as crianças e entre elas, pela compreensão do brincar como potente fonte de expressão das crianças, pela escuta dos corpos das crianças e ainda pela autoescuta dos educadores. Dessa forma, os educadores musicais podem estimular e desafiar as crianças perceptivamente para que criem suas próprias ideias e fazeres musicais, tendendo a desencadear processos de aprendizagem significativos e fomentando o pensamento crítico.