Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Inácio, Márcio Dionizio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-27112014-162157/
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Resumo: |
Um dos campos mais ativos da Psicologia Social brasileira hoje é a comunidade, definida aqui no contexto territorial de sua existência. Este trabalho tem como base uma pesquisa de campo realizada com moradores de um território específico, o Jardim Chácara Bananal, situado no distrito do Jardim Ângela, zona sul da cidade de São Paulo. A população que habita esse espaço é predominantemente de migrantes que, atraídos pelo processo de industrialização da região de Santo Amaro e da marginal do Rio Pinheiros, instalaram-se de maneira precária nas áreas periféricas; posteriormente foram empurrados para regiões mais distantes do centro da Cidade, em razão da especulação imobiliária. Esses espaços, que não foram planejados e, por isso, não contavam com infraestrutura para abrigar esses habitantes, são áreas de manancial do município de São Paulo; sua ocupação atribui a seus moradores o status de irregulares. A própria ideia de irregularidade confere a eles um tratamento de exceção no que diz respeito às regras aplicadas aos considerados regulares, desaplicando-se aos encerrados naquela condição. O que pretendo é revelar como as pessoas que vivem nesse lugar compreendem-se na condição de irregular. Nesse sentido, descobri no território mais do que uma delimitação ou inscrição em mapas: um espaço de vida, de sociabilidade e, consequentemente, um lugar de constituição e transformação de subjetividades. Essas pessoas têm suas subjetividades afetadas pela irregularidade. Assim, são marcadas pelo medo de serem removidas de suas casas, pela própria definição como sujeitos irregulares pelo poder público; também o são pela forma de se comunicarem, pelas táticas de sobrevivência e pela relação patrimonialista com alguns políticos, dentre outros aspectos decorrentes. Por outro lado, são também subjetividades de pessoas que se veem como cidadãos de direitos, que acreditam na solidariedade e que lutam para ser reconhecidos como pertencentes à cidade. O material que será apresentado é fruto de observações de campo e de entrevistas com esses moradores. O território é revelador de significativas alternativas de enfrentamento de adversidades. As narrativas e histórias de vida de seus moradores estão marcadas por essas alternativas. É importante que elas sejam reconhecidas e consideradas pelos gestores públicos ao se conceberem políticas e intervenções em áreas vulneráveis socialmente, visando levar dignidade ao povo que as habita |