Composição volátil das uvas ao espumante da cv. Chardonnay em diferentes condições de manejo no sul de Minas Gerais (Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bernardo, Naíssa Prévide
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-20122021-130908/
Resumo: O aroma é um dos fatores mais importantes na determinação da qualidade e do caráter do vinho. Isso se deve à presença de compostos voláteis que estão associados às suas características organolépticas ou diferentes proporções entre estes compostos que podem ser influenciadas por fatores vitícolas (clima, solo, cultivar, manejo) e enológicos (maturação da uva, fermentação, tratamentos pósfermentativos). A região do sul de Minas Gerais vem se destacando na produção de espumantes de qualidade, e, nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo conhecer a influência do manejo da videira no desenvolvimento do aroma, da baga até o espumante, a fim de estabelecer associações com a qualidade do produto final. Os experimentos foram realizados com a cultivar Chardonnay em diferentes condições de manejo, em que foram avaliados clones, porta-enxertos, sistemas de condução e densidades de plantio. Foram analisados os compostos voláteis livres por HS-SPME/GC-MS das bagas, mostos, vinhos base e espumantes nas safras 2016, 2017 e 2018. O trabalho foi dividido em quatro partes para a apresentação dos resultados. A primeira consistiu em verificar a influência do material genético na composição volátil da cv. Chardonnay com os experimentos de clones e portaenxertos; a segunda parte avaliou a composição volátil do clone 809 até o espumante; a terceira, em analisar as vinificações dos diferentes sistemas de condução; e a quarta, em avaliar a evolução dos compostos voláteis da baga ao espumante e analisar os aromas que as densidades de plantio podem conferir ao espumante. As principais classes de compostos aromáticos identificados nas matrizes foram: C6-C9 aldeídos, álcoois superiores, aldeídos ramificados, benzenoides, monoterpenoides, norisoprenoides, sesquiterpenoides, cetonas e ácidos graxos. Os resultados mostraram que os clones e os porta-enxertos apresentaram perfis voláteis diferentes, indicando que a variabilidade entre os clones e que a enxertia têm influência no metabolismo da baga; o clone 809 apresenta maior abundância de compostos monoterpenoides, confirmando o seu caráter moscato, das uvas aos espumantes; os diferentes sistemas de condução e densidades de plantio alteram o metabolismo da14 baga, refletindo no perfil volátil dos espumantes nas safras estudadas. Dessa forma, os dados indicam que a composição volátil sofre influência do manejo da videira ao espumante.