Análise dos efeitos biomecânicos das órteses do membro superior durante a execução de tarefas funcionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ricci, Flávia Pessoni Faleiros Macedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-31072024-162428/
Resumo: Introdução: as lesões traumáticas dos membros superiores podem acarretar sequelas decorrentes de deficiências motoras e/ou sensitivas. Órteses são dispositivos complementares ao processo de reabilitação. Uma avaliação completa previamente ao processo de confecção é fundamental. Além das ferramentas clássicas utilizadas na prática clínica, análise cinemática e eletromiografia têm sido amplamente utilizadas para avaliação do membro superior. Poucos estudos na literatura associaram estas ferramentas ao uso de órteses. Objetivo: avaliar os efeitos biomecânicos gerados por órteses indicadas para melhora da função do membro superior, em termos de padrão de movimento e ativação muscular, em pacientes com lesão nervosa periférica do membro superior, durante a execução de tarefas funcionais relacionadas a atividades de vida diária. Métodos: participaram do estudo 4 sujeitos, homens, com idade média de 26,5±4,5 anos. Foi realizada dinamometria e aplicado o questionário Quick-DASH. Para a coleta dos dados do EMG foi utilizado o equipamento da marca Delsys® (Trigno® Wireless Systems) e os dados da análise cinemática foram coletados por 12 câmeras infravermelho para análise de imagens 3D - Optitrack™ NaturalPoint®. Os pacientes executaram 4 tarefas que simulavam atividades de vida diária. Resultados: a órtese dinâmica de alto perfil para pacientes com lesão do nervo radial foi capaz de manter o punho em extensão, favorecer a ativação dos flexores e minimizar a postura compensatória do membro superior como um todo. A órtese estática para bloqueio de garra mista foi capaz de adequar à postura da articulação do punho, permitindo maior amplitude de movimento de extensão e favorecendo a ativação dos músculos extensores do antebraço. Conclusão: as órteses indicadas para melhora da função em pacientes com lesão nervosa periférica podem alterar o padrão de movimento e da ativação muscular do membro superior durante a execução de uma tarefa que simule uma atividade de vida diária.