Efeito da Doença de Parkinson na força de mordida, atividade eletromiográfica e espessura dos músculos masseter, temporal e esternocleidomastoideo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Verri, Edson Donizetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58138/tde-23022018-143734/
Resumo: Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico, crônico e progressivo que promove alterações motoras com acometimento funcional da musculatura estriada esquelética. Este estudo avaliou a força de mordida molar, atividade eletromiográfica e espessura dos músculos temporal, masseter e esternocleidomastoideo de indivíduos com e sem a doença de Parkinson. Participaram 24 indivíduos, faixa etária entre 50 e 70 anos, distribuídos em dois grupos: com a doença de Parkinson, seguindo os estágios I e III de incapacidade da escala de Hoehn e Yahr, média ± DP 66,16 ± 3,37; n = 12 (GP) e sem a doença, média ± DP 65,83 ± 3,01; n = 12 (GC). Foi utilizado o dinamômetro digital Kratos na análise da força de mordida molar máxima direita e esquerda. O eletromiógrafo MyoSystem BR1 foi usado para captação do sinal eletromiográfico nas condições posturais da mandíbula em repouso, lateralidade direita e esquerda, protrusão, apertamento dental em contração voluntária máxima com e sem Parafilm M®. A imagem da espessura muscular foi mensurada por meio do ultrassom Sono Site Titan nas condições de repouso e apertamento dental em contração voluntária máxima. Os dados obtidos foram tabulados e submetidos à análise estatística (SPSS 21.0, teste t de student; p ≤0,05). A atividade eletromiográfica e espessura muscular revelaram diferenças significantes em quase todos os músculos durante as condições posturais mandibulares entre GP e GC (p≤0,01 e p≤0,05). Essas diferenças também foram observadas na força de mordida molar máxima direita e esquerda (p≤0,01). O GP apresentou maior atividade EMG, maior espessura dos músculos temporais, menor espessura dos músculos masseteres e esternocleidomastoideos e menor força de mordida molar máxima. O entendimento de que a doença de Parkinson está associada com a função prejudicada do sistema estomatognático é extremamente importante para os profissionais da área da saúde na tomada de decisões relacionadas ao tratamento funcional reabilitador.