Representação cinematográfica e história institucional: uma análise de filmes sobre o Instituto Butantan (1928-1953)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Xavier, Priscila de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-19112010-121931/
Resumo: A história do Instituto Butantan, como a de qualquer outra instituição, traz ao longo do tempo mudanças e rupturas do modelo político implantado, conforme diretrizes da diretoria, contexto social e histórico e por fatores outros. Uma representação cinematográfica das atividades exercidas pela instituição não evidencia tais modificações, até mesmo porque a função de um filme de divulgação é mostrar sempre o que se julga pertinente, buscando legitimação e adesão à organização. Isso pode criar e, inclusive, reforçar mitos e memórias, tanto para o público externo, quanto para uma tomada de posição por parte dos funcionários. O estudo que aqui se apresenta, tem por objetivo analisar filmes cuja temática seja o Instituto Butantan, quer ele seja o tema central ou parte da narrativa. Selecionamos filmes institucionais de divulgação científica e também documentários sobre a cidade de São Paulo, em que a imagem do instituto se fazia presente. Partimos do arquivo permanente da própria instituição e de acervos externos a ela. O recorte histórico privilegia os anos de 1928-1953, que constituem as diretorias de Afrânio do Amaral e de Eduardo Vaz, comparando-as com os paradigmas deixados por Vital Brazil, primeiro e mais conhecido diretor do local. Verificamos uma representação da instituição, cuja idéia de modernidade, seja da ciência ou da cidade, tinha um claro contraponto com o mundo rural, tido como sinônimo de atraso em São Paulo à época e esse embate acaba chegando aos filmes realizados.