Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bocchi, Luna Abrano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-01102020-114851/
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Resumo: |
A Seção de Botânica foi um setor criado no Instituto Butantan a partir do desenvolvimento do Horto Oswaldo Cruz e de atividades dedicadas ao estudo da flora. De 1917 a 1938, esteve sob a coordenação do botânico Frederico Carlos Hoehne e vinculou-se também, em distintos momentos, ao Museu Paulista e ao Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal. Ao analisar a implementação da Seção de Botânica durante a gestão de Hoehne, tendo em vista as finalidades das instituições às quais se atrelou e as práticas científicas instituídas, a pesquisa examina simultaneamente mobilidades e permanências: por um lado, a Seção de Botânica transitou entre instituições do Estado de São Paulo, ocasionando a mobilidade de suas coleções, de seu responsável e de parte dos funcionários; por outro, o fato de Hoehne ter permanecido na função por quase vinte anos possibilitou certa continuidade das práticas científicas, não obstante as particularidades e propósitos de cada local. O estudo se vincula às discussões que dizem respeito à história das ciências, que ampararam teórica e metodologicamente a investigação, e entende como central o reconhecimento de que o conhecimento científico é produzido em contextos precisos de tempo e lugar. As instituições científicas e as práticas científicas ajudaram a delimitar a análise, que enfocou a atuação de Hoehne em instituições paulistas. No tocante às práticas científicas, foram privilegiados o desenvolvimento e a organização de hortos botânicos, as excursões científicas, o herbário, as exposições de botânica, as consultas e permutas realizadas, as publicações e também a conservação da Estação Biológica do Alto da Serra. Tais atividades foram permeadas pelas preferências e convicções de Hoehne sobre a botânica, a sociedade e o papel do Estado, com destaque para a valorização da flora indígena, a defesa dos estabelecimentos científicos públicos, a educação da população e o engrandecimento da Nação. A aliança entre ciência e política ajudaram-no a trilhar uma trajetória em São Paulo, onde foi parte importante na consolidação de um projeto que culminou na criação de novos lugares e instituições em que a botânica teve papel primordial. A pesquisa indica que Hoehne e a Seção de Botânica tiveram suas trajetórias intimamente interligadas e foram fundamentais no processo de institucionalização da botânica em São Paulo. |