Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Thiago Bloss de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-08122016-122143/
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Resumo: |
Esta pesquisa, de cunho teórico e bibliográfico, teve por objetivo realizar uma análise crítica do livro Psicologia Social (1935) de Raul Briquet. A Psicologia Social brasileira encontra a sua origem nas teses de doutoramento defendidas nas Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia, tendo como um de seus principais pioneiros o médico Raul Carlos Briquet, que publicou o primeiro manual brasileiro sobre Psicologia Social em 1935. O método utilizado foi o materialismo histórico e dialético, a partir da análise das principais categorias e tendências presentes na estrutura e no conteúdo do livro. As mediações de sua obra residem tanto nas teorias com base no Positivismo e no Evolucionismo do século XIX - sobretudo nas idéias do Pensamento Social Brasileiro quanto nas concepções liberais defendidas pela elite brasileira da década de 1930, expressa através de importantes documentos tais como o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e o Manifesto da Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (1933) que, dentre os signatários, estava Briquet. A análise crítica apresentou, primeiramente, um panorama geral da estrutura e conteúdo do livro, expondo em seguida suas principais categorias (indivíduo;sociedade; relação indivíduo-sociedade;ciência;educação;psicologia social) e tendências (cientificismo/organicismo; normatização; orientação programática para a ciência; evolucionismo/higienismo; aproximação à realidade cotidiana; crítica radical) segundo suas mediações internas e externas; para tanto, partiu das categorias de análise da dialética como mediação, contradição e totalidade. Deste modo, foi possível compreender o primeiro manual brasileiro sobre Psicologia Social sob duplo aspecto: primeiro, como um manual que respondia ao movimento de institucionalização da psicologia social como disciplina autônoma e estruturado a partir de uma bibliografia contemporânea às principais pesquisas da época; segundo, como resultado do amplo contexto histórico do entre-guerras, somado ao jogo de forças políticas que compuseram a Era Vargas a partir dos desdobramentos de sua política de conciliação de classes e da chamada modernização conservadora |