Lógica do significante, lógica da ciência: considerações sobre o sujeito na obra de Jacques Lacan

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Dias, Luisa Sader Guimarães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25664
Resumo: O presente trabalho visa uma discussão sobre o conceito de sujeito na obra do psicanalista francês Jacques Lacan, a partir de seu projeto formalista enunciado por seu Discurso de Roma de 1953. A pesquisa partiu do recorte de duas teses lacanianas, a saber, que um significante representa um sujeito para outro significante e que o sujeito sobre o que a psicanálise opera é o sujeito da ciência. A fim de discernir o conceito de significante, percorremos áreas tais como a linguística de Ferdinand de Saussure, a topologia e a lógica de Frege. Para a investigação sobre o sujeito da ciência, partimos primeiramente do cogito cartesiano, já que Lacan o coloca como correlato essencial da ciência moderna. Por esta via, desenvolvemos primeiramente, uma discussão com Descartes e Heidegger, com o intuito de chegar às elaborações lacanianas acerca do cogito. Desenvolvemos ainda uma discussão epistemológica em relação à que ciência Lacan se refere para afirmar sua anterioridade necessária em relação ao campo psicanalítico. Nesse sentido, retiramos consequências no que tange os lugares do saber, do sujeito e da verdade e suas relações com o sintoma neurótico. Visando a práxis analítica, concluímos com alguns efeitos decorrentes da concepção do sujeito como subordinado à lógica significante ou como indivíduo. Por último, apontamos a necessidade de continuidade da pesquisa, no sentido de investigar as relações do projeto formal lacaniano e o campo da política.