Os \'outros japoneses\': festivais e construção identidária na comunidade okinawana da cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pires, Ricardo Sorgon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-12122016-105304/
Resumo: Esta pesquisa originou-se de algumas indagações acerca do posicionamento identitário dos nikkei(descendentes de japoneses) no Brasil. A primeira delas é com relação ao estereótipo fortemente consolidado no senso comum de que os japoneses formam um grupo étnico e cultural sólido e homogêneo. Nesse sentido, esse trabalho tem como um de seus objetivos demonstrar que os imigrantes okinawanos no Brasil, apesar de terem sido historicamente identificados apenas como japoneses, constituíram-se em um grupo étnico distinto dos demais nikkei. A segunda indagação busca avaliarem que medida as festividades realizadas pela comunidade okinawana paulistana se inserem como os principais elementos demarcatórios das fronteiras étnicas e culturais desse grupo em relação aos não descendentes e aos demais nikkei. Essas festas podem ser compreendidas como um esforço por parte dos membros da comunidade uchinanchu( okinawanos na língua de Okinawa) de se afirmarem como brasileiros, porém, tendo uma descendência distinta que transcende o mero epíteto nipo-brasileiro. Através de entrevistas com membros da comunidade okinawana paulistana, bem como da análise de três de seus maioresw mais importantes eventos, o Kyodo matsuri em Diadema, o Okinawa festival no bairro da Vila Carrão e o Sanshinno hino bairro da Liberdade, a intenção é perceber como essas festividades são mobilizadas para a construção de uma okinawanida de diaspórica brasileira (paulistana) ao mesmo tempo em que se mostram interessantes espaços de disputas e negociações.