Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Rover, Suliani |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-15042013-133514/
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Resumo: |
O objetivo do trabalho é investigar a relação entre o disclosure voluntário socioambiental e o custo de capital próprio de companhias abertas no Brasil. Com base na Teoria da Divulgação Voluntária, espera-se uma relação negativa entre o disclosure socioambiental e o custo de capital próprio. Para tanto, selecionou-se as 91 empresas que compõem o Índice Brasil (IBrX), consideradas como as mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). A pesquisa é composta por dois períodos de análise. O primeiro compreende os anos de 2001 a 2010 e foi utilizado na análise para verificar a relação entre a publicação do Relatório de Sustentabilidade e o custo de capital próprio, enquanto o segundo período, de 2008 a 2010, se constitui na base de análise para examinar a relação entre o disclosure socioambiental e o custo de capital próprio. A métrica de disclosure voluntário socioambiental foi elaborada a partir de 20 pesquisas, na qual resultou em 80 subcategorias, sendo 40 referentes à divulgação social e 40 relacionadas ao meio ambiente. Por meio da análise de conteúdo de 272 Demonstrações Financeiras e de 178 Relatórios de Sustentabilidade, mensurou-se o nível de disclosure socioambiental das empresas. O custo de capital próprio foi estimado por uma abordagem ex ante mediante a utilização dos modelos de Claus e Thomas (2001), Ohlson e Juettner-Nauroth (2005) e Easton (2004), sendo utilizada nos modelos a média das três estimativas. No período de 2001 a 2010, considerando as 91 empresas analisadas na pesquisa, foram publicados 420 Relatórios de Sustentabilidade, sendo que 45% seguiram as orientações da GRI para sua elaboração. Os resultados obtidos com a regressão em painel logística mostraram que o início da publicação do Relatório de Sustentabilidade está relacionado com um alto custo de capital próprio do ano anterior. Constatou-se a partir da análise de dados em painel que o custo de capital próprio diminui após a divulgação do Relatório de Sustentabilidade elaborado de acordo com as diretrizes GRI. Apesar de o nível de disclosure voluntário socioambiental não possuir relação negativa com o custo de capital próprio, verificou-se que o conteúdo da evidenciação pode influenciar de maneira distinta o custo de capital próprio, uma vez que se constatou uma relação positiva entre o disclosure socioambiental desfavorável e o custo de capital próprio. Os resultados alcançados, no geral, indicam que o disclosure socioambiental impacta de maneira marginal o custo de capital próprio das empresas brasileiras, uma vez que sua influência pode ser verificada apenas com a divulgação do Relatório de Sustentabilidade elaborado de acordo com as diretrizes GRI e com o disclosure socioambiental desfavorável. |