Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Salotti, Bruno Meirelles |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-24022023-121235/
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Resumo: |
Esse trabalho avalia os motivos da divulgação voluntária da DFC, Demonstração dos Fluxos de Caixa, pela empresas do mercado de capitais brasileiro. Para tal, utiliza o referencial teórico da Teoria da Divulgação Voluntária. A partir do modelo proposto por Verrecchia (2001), são elaboradas cinco hipóteses relacionando a divulgação voluntária da DFC a outras variáveis. Essas hipóteses são testadas a partir dos dados das companhias abertas com ações listadas na BOVESPA, Bolsa de Valores de São Paulo, as quais divulgaram voluntariamente a DFC no período de 2000 a 2004. Utilizam-se testes estatísticos univariados de diferenças de médias e multivariados, a partir da aplicação do modelo da regressão logística. As evidências empíricas sugerem que a divulgação voluntária da DFC tem forte correlação positiva com a divulgação voluntária da DFC; e positiva com a importância dada pela empresa às percepções dos outsiders. Além disso, percebe-se ainda correlação positiva com o desempenho da empresa; negativa com os custos de divulgação; e negativa com o nível de assimetria informacional. Também é empregada uma variável de controle relacionada à participação das empresas nos programas de ADRs, American Depositary Receipts, notando-se uma correlação positiva entre a divulgação da DFC e a participação das empresas nos programas de ADRs. Esses resultados têm diferentes implicações para os investidores do mercado de capitais, empresas que têm ações negociadas em bolsas de valores eórgãos reguladores. Para os investidores do mercado de capitais, os resultados possibilitam a previsão de empresas que divulgam voluntariamente a DFC terem melhores retornos, menores custos de divulgação e, principalmente, menores níveis de assimetria informacional. A redução da assimetria informacional pode significar menor risco do investimento e, além disso, a divulgação da DFC facilita a avaliação da firma e contribui para a melhoria do nível de acurácia das expectativas dos investidores em relação à geração futura de caixa. Para as empresas com ações negociadas em bolsa de valores, a avaliação dos seus incentivos para a divulgação voluntária deve ser realizada, considerando a utilidade dessa informação e, ainda, a divulgação da DFC pode proporcionar, dependendo da situação da empresa, auxílio aos investidores na avaliação das suas ações, acarretando, consequentemente, uma possível alteração no desempenho das ações da empresa. Para os orgãos reguladores, os resultados obtidos demonstram a importância do conteúdo informativo da DFC e indicam que as empresas qu divulgam a DFC possuem menor assimetria informacional. Essas evidências sugerem que a obrigatoriedade da divulgação da DFC poderia contribuir para a melhoria do conteúdo informativo da contabilidade e também para a redução dos níveis de assimetria informacional observados no mercado de capitais |