Caracterização e comportamento da ativação neuromuscular em função de força muscular e aptidão funcional em idosos de ambos os sexos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Siqueira, Vitor Antonio Assis Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/109/109131/tde-17062021-095336/
Resumo: Nos próximos anos a população idosa tende a aumentar drasticamente, em especial nos países em desenvolvimento, fato que desperta o interesse de pesquisas nessa população. O processo de envelhecimento traz reduções musculares constantes, comprometendo as capacidades funcionais com impacto relevante nas atividades cotidianas dos idosos. A força muscular (FM) apresenta estreita relação com a ativação neuromuscular até certo nível de ativação, mensuráveis por eletromiografia. Entretanto a associação entre ativação muscular e capacidades funcionais de idosos não é totalmente conhecida. Nosso objetivo foi analisar como diferentes intensidades de ativação neuromuscular impactam na capacidade funcional e na força muscular de idosos fisicamente ativos de ambos os sexos. Uma amostra intencional foi composta de 64 idosos (9 homens e 44 mulheres) fisicamente ativos com idade média de 65 anos. A força isocinética (FI) foi determinada pelo pico de torque em teste de extensão de joelhos, realizada em dinamômetro isocinético (Biodex® - System 4 Pro). Os idosos foram categorizados arbitrariamente em tercis de FM: fracos, médios e fortes (<25%; 25,1% a 74,9%; >75%). Para avaliar a aptidão física dos idosos nas atividades do cotidiano foi utilizado o Senior Fitness Test (SFT). A classificação da aptidão física dos idosos considerou valores dos escores do SFT esperados por sexo e idade: na média, abaixo ou acima. A força funcional (FF) foi determinada no desempenho do teste de levantar e sentar na cadeira. Nos dois testes de FM a ativação neuromuscular foi identificada mediante eletromiografia de superfície (New Miotool®), nas musculaturas da coxa (músculos do quadríceps e bíceps femoral). Análise descritiva foi empregada para caracterização e descrição da amostra, e comportamento eletromiográfico das musculaturas da coxa. Análise de variância (ANOVA one-way), seguida de teste Post-Hoc de Bonferroni foi realizada para identificar diferenças (p = <0,05) entre tercis de força muscular, na expressão submáxima (FI) e resistência (FF). As análises ainda incluíram comparações de níveis de ativação, FM e desempenho mediante análise de variância para determinar eventuais diferenças entre níveis de FM. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes de ativação neuromuscular entre os grupos de força e entre as musculaturas, apesar de haver diferenças entre todos os grupos de força ([F 2,61] = 61.504; p = <0.01). Foi encontrado comportamento de ativação muscular semelhante em todas as musculaturas para ambos os testes, 50% em testes de FF e 75% em teste de FI. Foram encontradas diferenças no desempenho dos testes time up and go (TUG) (F2,61 = 0,745; p = <0,05) e caminhada de 6 minutos ((F2,61) = 3,572; p = <0,05) entre os grupos forte e fraco. Esses achados permitem concluir que as intensidades de ativação neuromuscular não impactam de forma distinta na expressão de FM em idosos fisicamente ativos. Maiores níveis de FM também não impactam em melhor desempenho de atividades moderadas do cotidiano de idosos; basta que sejam tão somente fisicamente ativos. Por fim, idosos classificados nas categorias superiores de força, mostram melhor desempenho de mobilidade, que poderá impactar na expressão de autonomia do idoso para suas atividades cotidianas.