Microarquitetura óssea, marcadores epigenéticos e inflamatórios em diferentes modelos experimentais de periodontite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Almeida, Ana Clara Portela de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-06122022-122959/
Resumo: Introdução: A periodontite é desencadeada por mecanismos do sistema imunoinflamatório. O desafio microbiano sistêmico pode possivelmente induzir diferentes respostas epigenéticas quando comparado a um desafio local. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar qual modelo experimental - ligadura ou gavagem - seria mais adequado para analisar alterações epigenéticas no tecido periodontal, acessando microarquitetura óssea, expressão de mediadores de osteoclastogênese e perfil de marcadores epigenéticos. Métodos: A periodontite foi induzida em camundongos C57BL/6 de 6-8 semanas de idade. Os grupos avaliados foram: C - Controle; LIG7 - animal eutanasiado 7 dias após a colocação da ligadura; LIG42 - ligaduras removidas após 7 dias e animais mantidos e eutanasiados após 42 dias; LIG42+GAV - ligadura colocada por 7 dias mais gavagem oral de P. gingivalis e GAV - gavagem oral de P. gingivalis por 3 semanas e animais eutanasiados em 62 dias. A microarquitetura óssea foi medida por Micro-CT, expressão gênica de RANKL e OPG por RT-PCR e padrão de imunocoloração de acetil histona 3 (H3ATs), 4 (H4ATs) e DNA metiltransferase 3 beta (DNMT3b) por imunofluorescência indireta (IF). Resultados: Todos os grupos apresentaram perda óssea em relação ao grupo controle, com o grupo LIG7 apresentando evidentemente os maiores valores. O grupo GAV na maxila apresentou níveis mais elevados de RANK-L em comparação a todos os grupos (p < 0,01). Em OPG, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos. No intestino, RANK-L expressou maiores níveis de LIG7 em relação a C (p<0,01) e LIG42 (p<0,01). Em OPG, o grupo LIG7 também foi o mais expresso, apresentando diferença com todos os grupos (p<0,05). Considerando todos os tecidos periodontais como unidades de análise, todos os grupos apresentaram maior marcação de H3ATs e DNMT3b do que o grupo C, mas apenas o grupo GAV expressou níveis significativamente maiores de H4ATs do que o grupo C (p<0,01). No compartimento do epitélio, o grupo GAV apresentou maior expressão de H4ATs (p<0,01) e DNMT3b (p<0,01). Curiosamente, a imunocoloração óssea foi maior para os três marcadores epigenéticos no GAV do que todos os outros grupos, no entanto, estatisticamente significativa apenas para H3ATs (p<0,001) e DNMT3b (p<0,05). Conclusão: Enquanto no modelo de ligadura observa-se uma maior perda óssea, quando a ligadura é removida, a destruição óssea tende a uma restauração espontânea. O desafio microbiano sistêmico foi eficiente e oferece um modelo consistente de periodontite experimental observado pela reabsorção óssea alveolar, caráter imunoinflamatório e características epigenéticas quando comparada à periodontite induzida localmente e pode ser uma melhor estratégia para observar a modulação do hospedeiro.