A ostentação estatística (um projeto geopolítico para o território nacional: estado e planejamento no período pós-64)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Bomfim, Paulo Roberto de Albuquerque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-11122007-100305/
Resumo: Em A \"Ostentação Estatística\" procura-se investigar os caminhos pelos quais um antigo projeto geopolítico (engendrado, sobretudo, nos meios militares) revestiu-se tecnicamente nos anos seguintes ao golpe militar de 1964, quando toda uma práxis política sobre o território percorrerá os principais planos governamentais do período - em especial o II PND -, acatando-se o conceito de planejamento enquanto instrumento norteado (num clima desenvolvimentista) para o desenvolvimento econômico do Brasil. Indica-se como este instrumental permeou as reflexões de geógrafos, economistas e outros profissionais, as quais agregaram um corpo heterogêneo de ideologias territoriais, desde a Regional Science, passando pela Economia Espacial francesa e pelas elaborações da geografia possibilista (em sua vertente relacionada à geografia urbana), até a geografia quantitativa. Tal campo teórico tornar-se-ia referência tanto para que um quadro técnico em torno de vários órgãos estatais (notadamente o IBGE e o IPEA) se incumbisse da elaboração de estatísticas, estudos regionais e métodos de regionalização como subsídios às políticas públicas do Estado, quanto para o debate da geografia brasileira do período, elaborada à sombra dessa pretensão matemática e de um afã pragmático; ambos visando a atingir para a geografia um maior prestígio entre as ciências e uma relevância em relação aos desígnios do Estado.