Dor e síndromes musculoesqueléticas em adolescentes de uma escola pública e sua relação com uso de mídias digitais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lourenço, Benito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-22022024-123622/
Resumo: Objetivo: Avaliar uso de mídias digitais, dores e síndromes musculoesqueléticas em adolescentes e jovens de uma escola pública e verificar possíveis associações entre presenças de dor e síndromes musculoesqueléticas e sua relação com o padrão de uso de dispositivos eletrônicos de mídias digitais. Método: Estudo transversal que incluiu 386 adolescentes saudáveis que responderam a um questionário sobre dados demográficos, dor musculoesquelética, atividade física e uso de mídias digitais. As seguintes síndromes de dor musculoesquelética e lesões por esforços repetitivos foram investigadas em estudantes que relataram dor musculoesquelética nos últimos três meses: fibromialgia juvenil, síndrome de hipermobilidade articular, síndrome miofascial, tendinite, bursite e epicondilite. Resultados: A concordância entre pré-teste e reteste foi de 0,93. Dor e síndrome musculoesquelética foram identificadas em 245/386 (63%) e 55/245 (23%), respectivamente. A mediana de idade foi significantemente maior nos adolescentes com dor musculoesquelética em relação aos que não apresentavam dor (14,69 [11,9-22,5] vs. 14,41 [10-18,8] anos, p=0,018). As frequências de uso do computador após as 22h (48% vs. 30%, p<0,001), uso da internet nos finais de semana (6[0-20] vs. 4[0-22] horas, p=0,043), uso do celular em fins de semana (8[0-20] vs. 5[0-22] horas, p=0,002) e o uso do celular após as 22h (83% vs. 69%, p=0,001) foram significantemente maiores no grupo de adolescentes com dor. As frequências de sexo feminino foram significantemente maiores nos adolescentes que apresentaram síndrome musculoesquelética versus aqueles sem síndrome (74% vs. 27%, p<0,001). O uso de internet durante a semana (10[0-24] vs. 5[0-20] horas, p<0,001) também foi significantemente maior em adolescentes com síndrome musculoesquelética. Conclusão: A dor musculoesquelética foi relatada em aproximadamente dois terços dos adolescentes de uma escola pública e as síndromes musculoesqueléticas ocorreram em um quarto deles. Os alunos com dor musculoesquelética eram mais velhos e relataram uso relevante de mídia digital, enquanto os adolescentes com síndromes musculoesqueléticas eram predominantemente do sexo feminino e relataram uso importante de internet nos dias de semana