Temperatura da superfície terrestre como traçador para identificar áreas de descarga do Sistema Aquífero Guarani

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cobalchini, Érick Rúbens Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18138/tde-13092024-112823/
Resumo:  O Sistema Aquífero Guarani (SAG) é uma das principais fontes de águas subterrâneas no mundo, por causa do seu volume de água armazenado (∼40.000 km3). No entanto, ainda há pouca informação sobre as regiões de recarga e descarga do SAG. Alguns poucos estudos publicados indicam áreas de descarga pontuais, em pequenas áreas de afloramento. O objetivo deste trabalho foi identificar as áreas de descarga do Sistema Aquífero Guarani. A metodologia avaliada, estabelecida por meio da observação do comportamento da temperatura na superfície do solo, com resolução espacial de 1000 m, ao longo de 7, 15, 29, 57 e 85 dias, divididos em intervalos iguais antes e depois da data central da estação do ano em questão, durante o período compreendido entre a primavera de 2011 e o inverno de 2022. Temperatura da Superfície Terrestre (MODIS), índices espectrais (Landsat), Albedo (MODIS) e Elevação (SRTM) foram os principais produtos utilizados. A inovação desse trabalho reside na identificação de áreas de descarga pela observação multitemporal e espacial da temperatura, englobando possíveis variações sazonais. A identificação das áreas de descarga permitirá melhores abordagens ao gerenciamento dos recursos hídricos, possibilitando maior compreensão do fluxo e estimativas de recarga mais precisas. Este trabalho abre a possibilidade de demonstrar o potencial do uso do sensoriamento remoto e da temperatura em assuntos de segurança hídrica subterrânea, especialmente em regiões onde há inexistência ou insuficiência de dados meteorológicos e hidrogeológicos. Foi possível identificar, aproximadamente 5% das áreas de afloramento como áreas de descarga. Embora não seja possível precisar a quantidade, acredita-se que as regiões identificadas possam ser interpretadas como potenciais áreas com descarga significativa. As regiões identificadas em áreas conflitantes com os dados existentes podem apresentar áreas de descarga local ou interação rio aquífero. Incentiva-se, por fim, a medição em campo para a confirmação do comportamento sugerido pela metodologia.