Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Eleodoro, Débora Raquel Massmann |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-05022010-173540/
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Resumo: |
Analisar o modo como diferentes línguas-culturas organizam retoricamente os seus discursos significa inscrever-se em um espaço teórico-metodológico cujas fronteiras são de difícil delimitação. Ao se interessar pela relação que se estabelece entre línguas-culturas e retórica, este trabalho aproxima domínios disciplinares heterogêneos, como, o ensino-aprendizagem de línguas, a neo-retórica e a cultura escolar, por exemplo. Inserida no entremeio destas disciplinas, esta pesquisa investiga a organização retórica de dois sistemas linguístico-culturais distintos que são a língua portuguesa do Brasil e língua francesa. O corpus constitui-se de 150 textos dissertativo-argumentativos elaborados por alunos do Ensino Médio do Liceu Pasteur, escola franco-brasileira. Fundamentado teórica e metodologicamente em Charaudeau (1992), Perelman e Olbrechts-Tyteca (2002) e Amossy (2006) principalmente, esse corpus foi analisado com o objetivo de descrever e explicar as semelhanças e as diferenças retóricas das duas línguas-culturas em questão, e de depreender o ethos do enunciador escolar, isto é, a imagem de si que é construída e apresentada no e pelo discurso. A partir das análises realizadas, confirmou-se a hipótese inicial de que, em sistemas linguístico-culturais distintos, os atos de fala, como, por exemplo, criticar, persuadir e argumentar, entre outros, podem ser semelhantes; no entanto, a maneira como eles são organizados, encadeados e expressos na superfície discursiva parece variar de uma língua-cultura para outra. Os resultados obtidos mostraram que cada sistema linguístico empregou e articulou de forma distinta, os componentes da argumentação conforme suas necessidades e suas especificidades retóricas, discursivas e culturais, ou seja, conforme o sistema retórico escolar considerado. Além disso, analisando o ethos do enunciador escolar, que se encontra em uma situação de biculturalidade, verificou-se que a imagem, construída e apresentada nos textos dissertativo-argumentativos em língua portuguesa e em língua francesa, foi muito similar. As semelhanças observadas indicam que, na esfera ocidental, parece haver uma imagem ideal homogênea para o enunciador escolar. |