Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Donny Correia da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-29112018-122124/
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Resumo: |
O poeta e cineasta britânico Derek Jarman, morto em 1994, aos 52 anos, vitimado pela AIDS, é uma figura controversa e polêmica no âmbito da História da Arte. Sua poética faz alusão à liberdade sexual, ao ateísmo, à anarquia e à deformação sócio-política vivida na Europa entre as décadas de 1960 e 1990. Filmes como Sebastiane (1976) e Jubilee (1978) são amostras violentas desse ataque às instituições. Por outro lado, uma observação mais atenta a trabalhos como Blue (1993), Glitterbug (1994) e, sobretudo, Caravaggio (1985), apontam para um projeto estético muito mais elaborado e ambicioso. Observamos nessas obras específicas uma tentativa de releitura da História da Arte num corte sincrônico em relação a seu próprio tempo, e além disso uma busca pela identificação do papel do artista no contexto da História em si, de maneira que vida e obra unam-se simbioticamente num projeto de totalização da poética, da estética e da fenomenologia que envolvem ambas. Este trabalho pretende resgatar a memória do artista Derek Jarman, posto que seu trabalho se perdeu no hermetismo a ele atribuído pela crítica ao longo dos anos que se seguiram à sua morte e, a partir desse resgate, examinar elementos históricos e estéticos presentes em Blue, Glitterbug e Caravaggio, que evidenciam uma releitura da História da Arte à luz da contemporaneidade com vistas a discutir o papel e o lugar do artista no contexto da vida enquanto obra aberta e como ator na transcorrência sincrônica da História. Com isto, a presente tese faz uma excursão pelos anos formativos de Jarman, quando cursou Artes Visuais e quando tomou contato com artistas da vanguarda do pós-Segunda-Guerra, em seguida examina a ocorrência dos efeitos de tal contato em suas obras derradeiras Blue e Glitterbug, para, finalmente, dissecar sua obra Caravaggio em busca de comprovações para nossa hipótese de que Jarman ocupou-se de criticar seu tempo e sua cultura fundindo-se ao personagem do pintor italiano, criando uma vida-obra indissociável em que se verifica o estudo histórico e fenomênico da Arte e, por fim, reavalia os papéis do artista Caravaggio e seu próprio papel em relação ao fazer artístico, dentro de uma compreensão metafísica. |