Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Leal, Douglas Tavares Borges |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-27082010-095858/
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Resumo: |
A busca por novas linguagens para a participação no processo público de tomada de decisão levou a prefeitura do município de Santo André, estado de São Paulo, a aliar ao programa de Orçamento Participativo processos de Teatro do Oprimido, sistema desenvolvido pelo teatrólogo Augusto Boal a partir de seu exílio da ditadura brasileira até o ano de sua morte, 2009. A partir de uma abordagem crítica do Orçamento Participativo, segundo uma leitura à luz da obra do filósofo Michel Foucault, considera-se que a participação no governo pode conferir uma manutenção da ordem em vez de empoderamento da população. No que se refere ao Teatro do Oprimido, estudos críticos indicam que haveria nessa estética poucas possibilidades de elaboração poética dos processos. Considerando-se esses problemas, investiga-se de que forma o teatro possibilitaria redimensionar o processo de participação no orçamento. Estudam-se aspectos estéticos e pedagógicos relacionados ao desenvolvimento do Teatro do Oprimido nas plenárias de Orçamento Participativo em Santo André no período de 1997 a 2001. A discussão teórica empreendida levanta os conceitos foucaultianos de governamentalidade, biopolítica, panóptico e sujeito para operar a genealogia do poder em Teatro da qual se depreende a gênese do Teatro do Oprimido e a genealogia do poder em Contabilidade da qual se depreende a gênese do Orçamento Participativo. O estudo de caso que se realiza considera entrevistas com atores e espectadores das apresentações da esquete Orçamento Participativo pelo Grupo de Teatro do Oprimido de Santo André nas plenárias de Orçamento Participativo regionais e temáticas da cidade e outros documentos como fotos e textos. Desenvolve-se também uma simulação de um processo teatral sobre o orçamento na qual se avalia junto a estudantes universitários novas possibilidades ao Teatro do Oprimido e ao Orçamento Participativo. A avaliação dos resultados do caso indica limitações às intenções estéticas de abordagem do orçamento na modalidade do Teatro-Fórum, dadas pelo contexto governamental. A avaliação da simulação aponta o Teatro-Imagem como alternativa de investigação pedagógica sobre o orçamento, parecendo estar mais de acordo com uma perspectiva artística contemporânea. Considera-se que é a partir não da promoção da participação, mas do exercício de aproximação que o teatro pode reconfigurar o processo pedagógico do orçamento. |