Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Iguma, Andréa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27149/tde-15042006-185010/
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Resumo: |
Este trabalho representa a reflexão e o conhecimento buscado e construído a partir do que aconteceu quando uma comunicadora resolveu desenvolver um projeto de comunicação audiovisual numa outra comunidade a dos surdos - em que a comunicação com os de fora é uma barreira. Chegar com 'meu' projeto, achando que seria bom 'para eles', foi pura pretensão. O desenvolvimento do projeto - seu tempo, seu modo, sua expressão, sua língua e sua linguagem teria que ser uma busca cujo tempo e maneira não poderiam ser estabelecidos por mim. Para me recuperar do impacto dessa constatação óbvia e quase ingênua, fui buscar orientação nos conceitos de cultura de Clifford Geertz, de identidade de Stuart Hall, de pensamento e linguagem de Vygotsky, de história de Peter Burke, de narrativas de Hayden White e Ecléa Bosi, nas histórias exemplares e inspiradoras de Oliver Sacks, na aprendizagem da comunicação com a língua de sinais e, sobretudo, na convivência com a comunidade surda. Mais observando e sendo observada do que propondo intervenções que pudessem 'desarranjar' uma cultura construída com dificuldades significativas. O mais importante descrito neste trabalho foi o processo, que me levou à experiência que hoje vivo, 'convidada' a construir novas conquistas, agora COM a comunidade. O resultado audiovisual foi um vídeo feito com fotografias da Associação dos Surdos de São Paulo (ASSP), sem som, limitado por datas: a da festa de 50 anos da ASSP e a da entrega da minha dissertação. A ausência de som não representa apenas apertar o 'mudo' do controle remoto, mas uma outra forma de comunicação e de ver o mundo. Meu trabalho, de fato, está começando agora. |