O transnacional e o local nas revistas Reader\'s Digest e Seleções: relações de gênero nos Estados Unidos e no Brasil (1939-1971)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fonseca, Renan Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-30072019-164459/
Resumo: Esta tese analisa duas revistas de variedades, a norte americana Readers Digest e a brasileira Seleções do Readers Digest, entre os anos de 1939 e 1971. Ambas as revistas tinham como fundamento editorial a seleção e a reprodução condensada de artigos publicados em outros periódicos impressos. As publicações compõem importantes fontes de pesquisa para a percepção de elementos transnacionais entre os dois países, isto é, aquilo que era escolhido como possível para ser reproduzido em cada uma das nações, fazendo circular temáticas de maneiras distintas, a depender principalmente de contextos locais. O objetivo da análise se concentra nas relações e representações de gênero que circulavam entre Estados Unidos e Brasil, com foco no modo como a mulher é apresentada e mobilizada em diferentes situações, atentando para a forma como os periódicos, ao levarem em consideração as perspectivas locais, foram capazes de dialogar e propor papéis determinados em distintos contextos sociais e políticos. A pesquisa procura também compreender a difusão de um discurso pautado na compreensão de uma classe média universal, atentanto-se para a forma como as revistas apresentaram temas como a família, o controle de natalidade e a participação política como elementos norteadores para se atingir tal propagação. Pretende, por fim, apontar a forma como grupos subalternizados e de contestação como, por exemplo, os movimentos pelos Direitos Civis e de mulheres, foram negativamente apresentados nas páginas dos periódicos, enquanto os mesmos reforçavam tipos considerados modelares de conduta por seus editores.