Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lima, Ana Carolina Albuquerque de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-11042018-144358/
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Resumo: |
Nas últimas duas décadas, a busca por cursos de idiomas que ensinam a Língua Inglesa aumentou expressivamente; consequentemente, houve crescimento no número de pessoas que são interpeladas pelo livro didático de inglês. Com base no pressuposto de que o recurso pedagógico em questão atua diretamente na produção e circulação de sentidos e, portanto, na constituição identitária do sujeito-aprendiz, nos propomos analisar o funcionamento discursivo de livros didáticos produzidos in-house utilizados por cerca de 7 anos em um curso de idiomas, por meio das representações de sujeito-aprendiz presentes neles. Além disso, convidamos aprendizes em contexto de uso desses livros para responderem um questionário, que tinha como objetivo entender de que modo as representações depreendidas dos livros didáticos contribuem para a constituição identitária desse sujeito. A presente pesquisa encontra-se fundamentada na perspectiva da Análise do Discurso (PÊCHEUX, 1975; ORLANDI, 1999; CORACINI, 2003). De modo geral, observamos que, apesar de tentarem, supostamente, escapar das generalizações dos livros didáticos de Língua Inglesa importados, os materiais nacionais, em determinados momentos, seguem os padrões das produções internacionais. Ademais, percebemos que haveria restrição da diversidade linguística nos livros in-house que foram analisados. A discursividade dos livros didáticos produzidos nacionais e os dizeres do sujeito-aprendiz sugerem que os livros seriam capazes de conter praticamente todas as possibilidades de formulação na língua estudada, para cada um dos diferentes cenários de interação. O aprendiz, teoricamente, saberia o que dizer em determinada situação e seria capaz de prever o que iria receber como resposta, anulando (ou, ao menos, minimizando) as falhas que são inerentes ao processo de comunicação. Haveria, consequentemente, uma tentativa de homogeneização dos sentidos, a partir de representações que apontam para a ficção do controle, da neutralidade e das verdades únicas. Sugere-se, assim, a visão de língua como ferramenta a ser manipulada por um sujeito que teria, na maioria das vezes, consciência do seu dizer; e que aceitaria e reafirmaria a autoridade do livro didático. |