Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Toledo, Cinthia Torres |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-17052022-141105/
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Resumo: |
Essa pesquisa teve como objetivo investigar se as noções coletivas de gênero do grupo de pares eram contrárias à demonstração de envolvimento escolar pelos meninos. Essa pergunta foi elaborada em diálogo com a literatura sobre masculinidades e desempenho escolar e tinha como objetivo nuançar a compreensão sobre os processos sociais que culminam em um quadro de maior desvantagem no acesso integral à educação básica entre meninos negros e pobres. Para isso foi realizada uma pesquisa etnográfica em uma escola pública, localizada na periferia de São Paulo, considerando a intersecção entre gênero, raça e classe no contexto de expansão do crime e da violência policial contra os meninos periféricos na cidade de São Paulo. Ao longo do ano letivo de 2018, foram observadas as interações de estudantes de duas turmas do 9º ano do ensino fundamental, em diferentes momentos e espaços escolares, e entrevistados estudantes, professoras e uma gestora da escola. O material empírico foi analisado no esforço de compreender as hierarquias e relações de poder entre meninos que se dividiam entre os grupos da frente e do fundão, estabelecendo uma relação de oposição e conflito no cotidiano da escola. Essa análise nos permite afirmar que o envolvimento escolar dos meninos tendia a ser desvalorizado pelos pares, enquanto práticas de masculinidades contrárias à escola e que tomavam o crime como uma referência positiva tendiam a ser valorizadas entre meninos e meninas. Por fim, argumento que apesar dos estudantes se dividirem em dois grupos de meninos, frente e fundão não devem ser tratados analiticamente como dois tipos de masculinidade e de relação com a escola, mas como um espectro de práticas de masculinidade entre meninos que negociavam formas plurais de estar no mundo, diante das desigualdades estruturais que condicionavam suas vidas e seus processos de escolarização na periferia da cidade. |