Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Faria, Carla Giovana Lino de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-02082024-122208/
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Resumo: |
O Brasil é um dos países com maior riqueza de espécies no mundo, porém tal riqueza sofre pressões constantes como a perda de habitat e comércio ilegal. Além da saúde ambiental, o conhecimento do estado de saúde de populações selvagens é importante peça no planejamento estratégico e combate a doenças, tanto de interesse humano quanto de animais selvagens e domésticos. Por este motivo instituições de recebimento de fauna são importantes não só para a proteção a biodiversidade, como da saúde ambiental, animal e humana. O presente estudo teve por objetivo compor estes esforços ao identificar o perfil de animais recebidos pela Divisão de Fauna Silvestre (DFS), com enfoque nos recebimentos do Centro de Manejo e Conservação de Animais Silvestres (CeMaCAS), trabalhando com os dados retrospectivos de recebimentos e destinações entre os anos de 2018 a 2021. Nos quatro anos analisados foram identificados 30.991 cadastros, sendo 63,12% aves (19.560), 30,66% mamíferos (9.501) e 5,61% répteis (1.739), 0,52% (163 animais) de outros clados e 0,09% (28 cadastros) com perda de dados. Deste total, 6.304 foram vítimas do comércio ilegal, sendo os grupos mais representativos as aves com 91,37% (5.760) e os répteis com 7,57% (477). As apreensões representaram em média 20% dos recebimentos anuais e aparecem temporalmente mais concentradas no segundo semestre de cada ano, embora o mês de maio também tenha se mostrado expressivo. São Paulo aparenta ser o polo das apreensões, seguido de municípios próximos, como Osasco e São Bernardo do Campo, e regiões de Santos, Sorocaba, Jundiaí e Campinas, trechos cruzados pelas rodovias SP-021, SP-330 ou BR-116. Foram identificadas 7.489 destinações, entre elas 4.017 (53,64%) solturas e 1.092 (14,58%) óbitos. A maioria dos animais permaneceu na instituição por um período de dois a três meses, média de 80 dias e 75% dos animais foi destinado em até 92 dias, sendo a maioria das solturas realizadas em até 144 quilômetros do local de origem do animal. Tais informações podem ser importantes auxiliares em processos futuros de formulação de protocolos de manejo e biosseguridade destes animais, assim como podem representar peças chave para formulação de sistemas automatizados de alerta e vigilância. |