Adaptação do teste de provocação oral duplo cego placebo controlado para o diagnóstico de alergia às proteínas do leite de vaca mediada pela imunoglobulina E, na faixa etária pediátrica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gushken, Andrea Keiko Fujinami
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-29042009-135057/
Resumo: O Teste de Provocação Oral Duplo Cego Placebo Controlado (TPODCPC) é considerado um método diagnóstico de extrema importância na alergia alimentar, entretanto não existe, em nosso meio, uma padronização em relação aos materiais e métodos para a sua execução, especialmente na faixa etária pediátrica. O objetivo deste estudo foi adaptar TPODCPC para o diagnóstico de alergia às proteínas do leite de vaca (APLV) mediada por IgE, em crianças e adolescentes. O objetivo secundário foi descrever a relação entre os antecedentes de atopia associados a dados laboratoriais e os resultados dos TPODCPC. Foram incluídos 58 pacientes que se dividiram em dois grupos. O grupo 1 foi composto por 39 pacientes (mediana de idade: 5,3 anos; 1,6M:1F) com história sugestiva de APLV IgE mediada, sem relato de história de anafilaxia recente e com pesquisa positiva de IgE específica para leite de vaca (LV) e/ou frações. No grupo 2 foram incluídos 19 pacientes (mediana de idade: 8,3 anos; 1,4 M:1F) sem história sugestiva de APLV. Os itens avaliados na adaptação deste método diagnóstico incluíram: escolha do local, materiais a serem utilizados e operacionalização do teste. O hospital dia mostrou-se, por suas características, adequado à realização do exame. Em relação aos materiais escolhidos para a oferta do veículo, os recipientes opacos e vedados revelaram-se mais adaptados às necessidades do teste, os veículos de maior aceitação foram sopa de legumes e bebida à base de soja e o LV a ser oferecido de maneira mais apropriada foi na forma líquida e com baixo teor de lactose. As dificuldades observadas na realização do TPODCPC não comprometeram a sua execução, entretanto houve dificuldade na interpretação dos resultados especialmente nos pacientes com sintomas como pápulas periorais ou achados clínicos inespecíficos. Observou-se concordância entre os critérios clínico-laboratoriais adotados para a definição dos grupos 1 e 2 com os resultados do TPODCPC. Em conclusão, o teste mostrou-se exeqüível e seguro e a adaptação deste para o diagnóstico de APLV IgE mediada nesta faixa etária pediátrica foi possível, sendo necessária a avaliação da sua reprodutibilidade em outras populações.