Reação de abobrinha (Cucurbita moschata Duchesne) ao vírus do mosaico da melancia Raça-1 (WMV-1)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Kuabara, Marcelo Yukio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220208-011432/
Resumo: Durante o processo de obtenção da abobrinha cv. Piramoita, não houve seleção direcionada à resistência ao Vírus do Mosaico da Melancia raça-1 (WMV-1), de ocorrência endêmica nos campos de produção do Estado de São Paulo, pois esperou-se que o nível de resistência do progenitor recorrente fosse recuperado através do método de retrocruzamento. O presente trabalho objetivou determinar e comparar níveis de resistência ao WMV-1 em populações segregantes da cv. Piramoita; estimar alguns parâmetros genéticos para a reação de resistência, utilizando progênies de meios-irmãos; identificar fontes e tipos de resistência dentro de C. moschata com potencial de utilização em programas de melhoramento. Foram estudadas 39 populações de C. moschata, incluindo cultivares e introduções, uma populaçio de C. ecuadorensis 14 populações segregantes de cv. Piramoita provenientes de 4 gerações de retrocruzamentos e 20 progênies de meios irmãos de cada uma das populações F6, F7, F8, F9 e F11 do quarto retrocruzamento. A avaliação da reação de resistência foi feita 4 semanas após a inoculação das plantas, utilizando-se uma escala de notas de 1 a 5, com base na severidade dos sintomas (sendo 1 ausência de sintomas e 5 deformação foliar). A reação de resistência foi expressa pelo nível médio de resistência (média ponderada) e pela porcentagem de plantas resistentes (plantas com notas 1 e 2). As fontes de resistência de C. moschata mais promissoras foram a cv. Menina Brasileira - RS, a introdução Jerimum Vermelho, MA, e a cv. Tsurukubi com respectivamente 100%, 90,9% e 71,8% de plantas resistentes. A espécie C. ecuadorensis apresentou alto nível de resistência (100% plantas resistentes), e mostrou-se ser resistente à multiplicação vírus, ao contrário da espécie C. moschata que mostrou resistência do tipo tolerância. O método de retrocruzamento foi eficiente em recuperar as características do progenitor recorrente, bastando quatro retrocruzamentos para recuperar um nível de resistência equivalente ao da cv. Menina Brasileira. O progenitor recorrente apresentou 52,81% de plantas resistentes, enquanto a mídia das populações do quarto retrocruzamento 55,60% de plantas resistentes. Os coeficientes de variação genética entre progênies foram baixos (entre 1,52% e 2,49%) indicando pouca variabilidade genética, As estimativas dos coeficientes de herdabilidade, no sentido restrito, também se mantiveram baixos (entre 6,91% e 19,10%), indicando a necessidade de utilização de métodos de melhoramento mais precisos para a seleção visando aumentar o nível de resistência na cv, Piramoita.