Docência e memória: elos da formação humanista das Faculdades Integradas SantoTomás de Aquino (1960-1980)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Maria de Lourdes Leal dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-17022021-130152/
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo compreender e analisar as concepções e práticas predominantes na história da formação docente humanista das Faculdades Integradas Santo Tomás de Aquino, FISTA, de Uberaba, Minas Gerais, única instituição confessional de ensino superior no Brasil, criada e administrada pelas Irmãs Dominicanas, da Congregação Nossa Senhora do Rosário de Monteils, com origem na França. As concepções de homem, de sociedade, de mundo e educação eram evidenciadas no currículo humanista em que o estudo reflexivo e a prática pensada já se colocavam como princípios fundamentais. Quais eram os sujeitos? Quais os valores que permearam a prática institucional da FISTA? O que era feito em relação à formação docente universitária? Por que se fazia? Quais as formas de condução das práticas num movimento que traduzia (singular movimento) as relações de saber e poder? Nessa perspectiva, os depoimentos foram fundamentais e reveladores de uma memória coletiva, com aspectos significativos dos campos social, econômico e cultural. Os relatos autobiográficos provocaram inquietações sobre a memória, as representações de docência, habitus e valores assumidos pelos ex-alunos e ex-professores da FISTA na construção de suas identidades profissionais. À luz da teoria sociológica de Bourdieu apreendemos conceitos como habitus, prática, estratégia, campo, capital cultural, violência simbólica e reprodução social que ampliaram a análise das práticas e saberes vivenciados pelos egressos, assim como da história da Igreja, do ensino superior, da ditadura militar no recorte temporal de 1960 a 1980. Acredita-se que este estudo possa contribuir com uma concepção antropológica de currículo em que o conhecimento, o saber e a cultura tendem essencialmente a humanizar as relações entre os sujeitos. As instituições escolares inserem-se no campo que não as deixam perdidas no tempo ou espaço. Constituem fontes de pesquisa por meio das histórias conectadas, do diálogo entre as culturas, saberes, interdependências, avanços e desafios que ligam o passado ao presente.