Interação de Trichophyton rubrum com macrófagos peritoneais de camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Campos, Marina Reis de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-20112006-075010/
Resumo: Trichophyton rubrum, importante agente de dermatofitoses, é um fungo queratinofílico, capaz de parasitar tecidos como pele e unha. É o principal responsável pelas dermatofitoses crônicas e refratárias ao tratamento e como é uma espécie antropofílica encontra-se muito bem adaptado ao parasitismo humano. Por tratar-se de uma micose cutânea, torna-se necessário o estudo dos fenômenos que ocorrem durante o encontro deste fungo com uma das principais células do sistema imunológico que primeiramente reconhecem o antígeno. Assim sendo, o objetivo deste trabalho é estudar a interação de T.rubrum com macrófagos, para aumentar o conhecimento dos mecanismos envolvidos na resposta imunológica nesta importante patologia. Para isso, foram realizados ensaios de fagocitose de conídios de T.rubrum, seguidos da análise da expressão de moléculas de superfície celular, dosagem de citocinas e viabilidade de macrófagos. Verificamos que o exoantígeno de T.rubrum provocou diminuição da fagocitose de conídios e partículas de zymosan pelos macrófagos. Entretanto, o exoantígeno não interferiu na expressão de moléculas de superfície celular e não foi capaz de estimular os macrófagos a secretar TNF-α, IL-12, IL-10 e óxido nítrico. Já os conídios fagocitados por macrófagos, provocaram diminuição significativa na expressão de suas moléculas de superfície, tais como MHC classe II, CD80 e CD54. Após fagocitose de conídios, os macrófagos foram capazes de secretar uma grande quantidade de TNF-α e IL-10 e após 8 horas de cultivo, os conídios internalizados iniciaram processo de formação de hifa, provocando lise e a conseqüente morte destas células. Por estes achados e pelos estudos prévios já realizados com o T.rubrum, pensamos que a persistência desta infecção fúngica possa estar relacionada com a ação inibitória do fungo sobre os macrófagos, levando à cronicidade observada nestas lesões.