Convivência com cães e gatos: efeitos na saúde mental e na atividade física das pessoas no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sussai, Stefanie
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-26052021-085451/
Resumo: O vínculo entre os seres humanos e os animais existe desde a pré-história e passa por constantes transformações. A sociedade brasileira inclui famílias multiespécie, e o país tem mais cães e gatos do que crianças. A relação humano-animal traz impactos na vida dos envolvidos. Os animais de companhia podem influenciar a saúde mental das pessoas, pois são fontes de afeto e apoio, trazem possibilidades de socialização e auxiliam no tratamento e acompanhamento de pessoas com necessidades especiais ou problemas de saúde. Da mesma maneira, os animais podem motivar as pessoas a realizarem atividade física, estando presentes durante a prática de atividades, o que pode ser benéfico para ambos. O objetivo do presente estudo foi comparar as pessoas que conviviam com cães e gatos, com as que não conviviam com esses animais, em termos de saúde mental (usando como proxy sintomas psicossomáticos para rastreamento de distúrbios não-psicóticos) e de frequência da atividade física (caminhadas, atividades moderadas e atividades vigorosas). Adicionalmente, hipotetizamos uma rede causal para explicar os efeitos do convívio com cães e gatos na saúde mental e na atividade física, testada mediante modelos Bayesianos multinível. Utilizando dados de um inquérito de saúde no município de São Paulo de 2015, constatamos que a saúde mental foi equivalente entre os grupos que diferiram em relação ao convívio com cães, enquanto no caso dos gatos, era melhor entre as pessoas que não conviviam com esses animais. A atividade física só variou quando foi vigorosa, sendo mais frequente entre pessoas que moravam com cães. Embora o nosso estudo não descarte benefícios do convívio com animais de companhia na saúde mental e na atividade física de humanos, os resultados reforçam a necessidade de não promover indiscriminadamente discursos sobre o benefício de morar com cães e gatos, pois falsas expectativas podem comprometer negativamente a saúde das espécies envolvidas.