Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Duran, Amanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-06122019-113038/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Câncer de mama em pacientes jovens é uma condição rara (4% dos casos) e parece apresentar um pior prognóstico para essas pacientes quando comparado com as mais velhas. Um estudo anterior do grupo, comparou a expressão de microRNAs (miRs) entre tumores de pacientes jovens (<=35 anos) e de meia-idade (50-69 anos) e foram encontradas diferenças em 8 miRs (miR-9, miR-106a, miR-106b, miR-18b, miR-210, miR-33b, miR-518a-3p and miR-372). Nosso objetivo principal foi verificar se a diferença de expressão encontrada no tumor está refletida também no plasma, comparando a expressão desses 8 miRs circulantes entre dois grupos de idade com câncer de mama ductal invasivo, luminal e baixo risco de mutação em BRCA1/2. MÉTODOS: Foram realizadas consultas a prontuários das pacientes admitidas no Serviço de Mastologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) (Abril/2016 até Abril/2018) e selecionadas amostras de plasma de pacientes jovens (GJ com <=35 anos) e de pacientes de meia-idade (GMI com 50-69 anos). No GJ também foram incluídas pacientes do Hospital do Câncer de Barretos com o mesmo diagnóstico. Essas pacientes possuíam diagnóstico confirmado de carcinoma mamário ductal invasivo, luminal (A, B ou luminal HER-2+), sem histórico familiar de câncer de mama com amostras coletadas antes de qualquer tipo de tratamento. Foi realizada extração de RNA total dessas amostras de plasma e feita a determinação de expressão dos 8 miRs por meio de real-time PCR (qPCR) e comparada entre os grupos de idade. Para determinar se esses miRs eram encontrados também presentes dentro de vesículas extracelulares (VEs), estas foram isoladas por ultracentrifugação e quantificadas por Nanosight e o RNA contido nas VEs foi extraído e a expressão dos miRs foi determinada por qPCR. Os resultados foram analisados usando o teste de Mann-Whitney. RESULTADOS: Foram selecionadas amostras de plasma de 24 pacientes do GJ, (15 do ICESP e 9 do Hospital do Câncer de Barretos) e de 21 pacientes do GMI. Nessas amostras, dos 8 miRs avaliados, 6 foram encontrados circulantes e apenas dois (miR-372 e miR-518a-3p) não apresentaram expressão em nenhuma amostra. O cálculo da expressão relativa foi realizado com duas possibilidades de combinação de miRs como normalizadores (miR-18b e miR-21; miR-18b e miR-425), conforme resultado encontrado utilizando o programa Normfinder e por meio do cálculo de Delta Ct/Desvio Padrão, respectivamente. E, em ambas condições, o miR-9 foi detectado com maior nível de expressão nas pacientes do GJ quando comparado com a expressão das pacientes do GMI (p= 0,03 e p= 0,01). Na análise de genes-alvo desse miR, foi observado que as principais vias reguladas estão relacionadas principalmente com motilidade celular, regulando genes envolvidos em importantes vias como ILK e transição epitélio-mesênquima. Os demais miRs circulantes não apresentaram diferenças de expressão entre os grupos de idade. Também não houve diferença na quantidade de VEs encontradas no plasma (p= 1,0). A expressão dos 8 miRs também foi avaliada nas amostras de VEs isoladas e foi observado que o miR-106a, embora presente em todas as amostras de plasma como um miR circulante, não é transportado dentro das VEs, enquanto o miR-9, miR-106b e o miR-18b foram encontrados presentes em todas as amostras de VEs avaliadas. CONCLUSÕES: os tumores de pacientes jovens parecem apresentar determinadas características biológicas diferentes, como a expressão do miR-9, importante miR relacionado principalmente com invasão e associado com um pior prognóstico. Um maior acompanhamento dessas pacientes será importante para determinar a real influência desse miR na progressão tumoral e compreender as diferenças biológicas encontradas nos tumores de mama jovem |