Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Laura Filomena Santos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-28112005-112621/
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi descrever e analisar os processos de subjetivação inscritos na constituição da experiência de si da/o enfermeira/o, nas práticas assistenciais de um cenário de trabalho exemplar a Unidade de Terapia Intensiva; submetendo-os ao olhar foucaultiano sobre os regimes de verdade, através do qual pretendeu-se interrogar as condições nas quais a/o enfermeira/o problematiza o que ela/e é. Nos processos de subjetivação, buscamos indagar das tecnologias do eu - jogos de verdade através dos quais a/o enfermeira/o se dá a pensar seu próprio ser, quando se percebe, se reconhece, se julga como tal. O referencial teórico utilizado foi de Michel Foucault, complementado por estudos de Jorge Larrosa sobre os dispositivos de produção e mediação da experiência de si. O local de pesquisa foi a Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Universitário Júlio Muller da rede pública de serviços do Sistema Único de Saúde do município de Cuiabá e o grupo pesquisado foi formado prioritariamente por enfermeiras/os que aí exerciam atividades de assistência em saúde, pois uma vez que as tecnologias do eu constituem dispositivos de reflexividade, nos interessou a experiência de si mesmo da/o enfermeira/o; entretanto, sempre considerando que outros trabalhadores participam desta construção. Os instrumentos técnicos utilizados buscaram apreender as práticas assistenciais em sua materialidade discursiva e não discursiva, buscando selecionar casos e registros exemplares, assim como casos dissonantes destas práticas. A análise dos dados se deu pela construção de diversas grades de pesquisa, produto do olhar sob a materialidade das práticas, das relações de poder entre os sujeitos, das relações do sujeito consigo mesmo, pois a constituição da experiência de si da/o enfermeira/o - como experiência historicamente singular; relaciona campos de discurso, campos de poder e processos de subjetivação. Os dispositivos de produção e mediação da experiência de ser enfermeira/o mostram sua materialidade nas práticas diárias de leitura e de intervenção sobre o corpo/máquina na UTI nos mecanismos nos quais se desenvolveram (e se desenvolvem) competências em torno da objetividade do corpo da clínica e se produziu (e ainda se produz) a experiência de ser, a(o) enfermeira(o), a extensão do olho e do braço médico; nos mecanismos nos quais se apreendeu (e se apreende cotidianamente) a linguagem clínica e se produziu (e ainda se produz) a experiência de ser, a(o) enfermeira(o), um sujeito do discurso Clínico; e também nos mecanismos nos quais se marcou (e se marca) o lugar de cada um, e se produziu (e se produz diariamente) a experiência do lugar de si mesmo, a(o) enfermeira(o), em relação aos outros agentes das práticas na UTI. Nestes mecanismos, segue-se produzindo um olhar profissional, como olhar mais Clínico que Cuidativo; e uma atuação profissional orientada pela Clínica. Na complexidade desta experiência, e de forma contingente a estes dispositivos e mecanismos, está a indagação das possibilidades de governo de si da/o enfermeira/o nos atuais cenários do trabalho |