Epidemiologia da relação dose-resposta ao exercício físico, 2003 e 2008: prevalência e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nunes, Ana Paula de Oliveira Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-13052015-110337/
Resumo: Objetivo: Estimar a prevalência de atividade física em diferentes domínios, na combinação simultânea deles e a sua associação com escolaridade. Métodos: Estudo transversal seriado de base populacional de duas edições do Inquérito de Saúde do Município de SP. Participaram 1.667 adultos em 2003 e 2.086 em 2008. Amostragem probabilística foi realizada por conglomerados em dois estágios. O IPAQ longo permitiu avaliar diversos domínios de atividade física. Foi utilizado regressão de Poisson. Resultados: Os homens foram mais ativos no lazer e no trabalho e as mulheres no lar. Aumento de ativos no deslocamento e na atividade total em homens, e também no trabalho entre as mulheres. Redução na proporção de inativos, e aumento de pessoas que alcançaram o tempo de atividade física preconizado pela OMS. Indivíduos com maior escolaridade foram mais ativos na atividade total. Menos escolarizados apontaram redução nas atividades realizadas no trabalho para todas as intensidades, mais importante em mulheres; e no ambiente doméstico, em especial para as vigorosas no lar. A escolaridade apontou associação positiva com atividade no lazer e negativa com atividade doméstica e ocupacional. Em 2008, a associação se sustentou só no lazer. Em ambos os sexos houve redução na proporção de quem realiza um domínio de atividade, e aumentou para quem realiza dois, três ou quatro domínios de atividade simultaneamente. Simultaneidade dos domínios apontou redução na proporção de pessoas ativas, apesar de aumento na proporção de pessoas que atingiram a recomendação da OMS. Entretanto, limitação como o tamanho da amostra, que impediu a investigação de fatores associados. Conclusões: As estratégias de intervenção para reduzir os níveis de inatividade física e assim, a carga das doenças não-transmissíveis, devem considerar os níveis de escolaridade e a diversificação de domínios adotada pela população. A identificação de subgrupos mais vulneráveis exigirá que nossos dados permitam uma sinalização para algumas medidas de intervenção, buscando potencializar a tendência de aumento do nível da atividade física. Torna-se necessário o investimento em políticas que incentivem essa prática em todos os domínios, através da ação intersetorial envolvendo prioritariamente as áreas de saúde, educação, esporte, meio ambiente, segurança, transporte e comunicação social, garantindo-se a participação da sociedade na definição do escopo e desenho dessas políticas. Além disso, avaliar a tendência do comportamento ativo através do reconhecimento de combinações específicas e comos elas interagem conforme gênero, e entre os anos, merecem ser apontadas para aprimoramento de futuras investigações