Pompéia: a metafísica ruinosa d\'O ateneu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Pasta Junior, Jose Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-15062023-103438/
Resumo: O objetivo geral deste estudo foi o de analisar a constituição do ponto de vista n\'O Ateneu, de Raul Pompéia. A análise dessa questão central para o estudo do romance brasileiro e, em particular, no que toca a segunda metade do século XIX, torna-se decisiva para O Ateneu, em vista da contradição que forma o núcleo de seu foco narrativo. Toda a ambigüidade de sua avaliação estética e classificação histórica decorre dessa questão. Investigando no livro as formas do excesso, da desmedida e do paroxismo, o estudo encontra no núcleo do problema crítico d\'O Ateneu uma relação de luta de morte entre sujeito e objeto, observada nos tema do momento faustiano, da hora suprema e do movimento pendular, bem como na esfera das imagens, como as da água, do fogo, do sangue e do vulcão. Lança mão, para isso, de comparações com as demais obras de Pompéia, editadas e inéditas, e com outras obras da literatura brasileira. Na imagem pompeana do fogo, o trabalho localiza sua mediação por excelência, aquela que se forma desaparecendo, que se forma como destruição. O ponto de vista d\'O Ateneu, assim, produz-se como formação supressiva, ou seja, no próprio limite entre ser e não ser. Tal é o que o trabalho chama de ponto de vista da morte, matriz da dimensão metafísica do romance, cuja pertinência estende-se ainda a outras obras da literatura brasileira