Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Amadeo, Javier |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-25052007-155615/
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Resumo: |
O presente trabalho busca discutir o papel político das idéias econômicas em um contexto de transformação estrutural. A Argentina enfrentou, durante os anos 80 e 90, os dilemas próprios de um processo de reformas estruturais. O giro para estas reformas foi produzido sob o impacto da crise da dívida externa. A resposta inicial à emergência econômica, que teve um alcance limitado, não comportou mudanças apreciáveis na organização das instituições econômicas. Este alcance das políticas de ajuste foi correspondido com os diagnósticos do momento que postulavam que os desequilíbrios macroeconômicos eram, fundamentalmente, de curto prazo. O governo lançou, em 1985, um plano de estabilização heterodoxo. Os economistas heterodoxos, chamando a atenção para os componentes inerciais da dinâmica inflacionária, sustentaram que as políticas ortodoxas, eram ineficazes e custosas para resolver o problema inflacionário. Contudo, esse programa não conseguiu estabilizar a economia. O fracasso da experiência heterodoxa abriu as portas para a ortodoxia. A partir do final dos anos 80 a agenda governamental foi dominada por uma onda de reformas estruturais. Em 1989, o governo eleito estabeleceu uma nova orientação em política econômica, a partir da qual levou adiante um profundo processo de ajuste. Para entender a modalidade de mudança estrutural seguida pela Argentina existem alguns elementos fundamentais. Em primeiro lugar, aqueles de caráter econômico relacionados com o impacto da crise. Contudo, embora a crise econômica tenha constituído um estímulo poderoso para o início de um programa de reformas estruturais, por si só não foi suficiente para definir quando, como e em o que medida era necessário fazer o ajuste. A interpretação das causas da crise foi central na direção da inovação política. Assim, o debate de idéias cumpriu um papel chave na entrada das reformas econômicas na agenda pública. Para a direção da inovação política foi central a interpretação das causas dos desequilíbrios econômicos. A controvérsia entre alternativas de políticas, que se levou a cabo tendo como pano de fundo a emergência econômica, constituiu a primeira via de entrada das reformas estruturais na agenda pública. Portanto, o desenlace da disputa de interpretações que se estabeleceu durante esses anos acerca da definição da natureza dos desequilíbrios é o foco central de nosso trabalho. |